Bento dos Santos
Uma ameaça é sempre uma questão que suscita uma prévia avaliação da dimensão do risco e por conseguinte definir-se as possíveis acções que podem terminar ou anular tais riscos ou ameaças. Se uma ameaça proferida para um determinado cidadão já constitui motivo para preocupação, o que dizer de uma ameaça para um país?!
Os desafios de um mundo globalizado são inúmeros, e por este facto, torna-se cada vez mais difícil obter consenso sobre quais seriam os problemas prioritários na agenda de um determinado país (defesa e segurança ou áreas sociais?).
Os desafios de um mundo globalizado são inúmeros, e por este facto, torna-se cada vez mais difícil obter consenso sobre quais seriam os problemas prioritários na agenda de um determinado país (defesa e segurança ou áreas sociais?).
Angola, o nosso país, vem ampliando a sua actuação no
cenário internacional, e não raro, algumas acções de interesse estratégico para o nosso
país são executadas sobre cenários de tensão politica e social interna e
externa.
Por assim ser, a posição mais revelante do nosso país no
cenário nacional e internacional aumenta o risco de Angola se tornar alvo de
acções de sabotagem que visam impedir ou dificultar a consecução dos seus
interesses estratégicos.
Assim sendo, o trabalho de inteligência deve permitir
que o estado, de forma antecipada, mobiliza os esforços necessários para fazer
frente às adversidades futuras e para identificar oportunidades para às acções
do executivo.
A segurança nacional é assim uma matéria de interesse geral,
que deve envolver toda sociedade. Outrossim, os actuais cenários internacionais
e nacionais revelam peculiaridades que induzem a possibilidade da ocorrência de
situações potencialmente prejudiciais á sociedade e aos interesses estratégicos
nacionais. A sua dimensão compreende ameaças como: a espionagem, a sabotagem, a
interferência externa, as acções contrárias a soberania nacional, os ataques
cibernéticos, o terrorismo, a criminalidade organizada, a corrupção, às acções
contrárias ao estado democrático de Direito. Neste âmbito, o aspecto preventivo integra toda actividade
de inteligência e de contra-inteligência.
Neste artigo, de forma muito sintetizada e especificamente genérica, procurarei abordar a nível de conteúdo ortográfico algumas questões associadas às ameaças internas alineadas aos objectivos da segurança interna do nosso país, assim como o compromisso do estado perante aos cenários ameaçadores da realidade operacional, sob perspectiva síntese do conceito de contra-inteligência, definida como como uma actividade que objectiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar acções adversas que constituem ameaças a pessoas, áreas e instalações de interesse de toda sociedade e do estado.
Neste artigo, de forma muito sintetizada e especificamente genérica, procurarei abordar a nível de conteúdo ortográfico algumas questões associadas às ameaças internas alineadas aos objectivos da segurança interna do nosso país, assim como o compromisso do estado perante aos cenários ameaçadores da realidade operacional, sob perspectiva síntese do conceito de contra-inteligência, definida como como uma actividade que objectiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar acções adversas que constituem ameaças a pessoas, áreas e instalações de interesse de toda sociedade e do estado.
Porém, às actividades da inteligência devem possuir uma
abrangência tal, que lhe possibilite identificar ameaças, riscos e
oportunidades para o país e a sua população. Paralelamente, potencializa-se o
interesse da inteligência frente aos riscos definidos como problemas sociais, como
a violência, a instigação a desordem, as organizações criminosas, o
narcotráfico, os crimes financeiros e transfronteiriços, as violações dos
direitos humanos, o terrorismo e o seu financiamento, assim como as actividades
ilegais que envolvem o comércio de bens de uso dual e de tecnologias sensíveis
que desafiam estados democráticos.
A título conclusivo deste primeiro artigo sobre o referido tema (penso escrever mais dois artigos com este tema) salientamos que é imprescindível e
urgente fortalecer no âmbito da sociedade, a cultura da protecção nacional,
visando estabelecer práticas que salvaguardam os interesses nacionais, optando
por uma actuação prospectiva e preventiva nas diversas áreas de interesse
nacional.
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