A condição da natureza humana pressupõe a permanente interacção entre os homens, denominada em meios académicos por sociabilidade. Em meu entender, a nossa condição de ser social, deve consistir na observância rigorosa do que é correctamente aceite no espaço público ou no meio social, refiro aos aspectos ligados a personalidade de cada um: comportamentos, emoções, e atitudes correctas.
Há alguns anos, eu tentava prognosticar qual seria no futuro, a posição daqueles que sempre romperam o campo da ética e da moral, violando princípios básicos do que é socialmente reconhecido e aceite como positivo, em detrimento da realização dos seus anseios individuais.
Numa linguagem menos formal, refiro-me a prática de acções caracterizadas pelo “cambalacho” «» expressão importada e massificada graças a veiculação de uma novela brasileira na década dos anos 90 pela nossa televisão pública de Angola “TPA”. O cambalacho a que me refiro, pode ser entendido pelas acções que promovem a corrupção, dando prioridade ao oportunismo egocêntrico.
Tal facto, pode ser identificada em várias vertentes, como exemplo, no caso da eleição de um candidato a uma determinada vaga de emprego, ou ainda pela conveniência do amiguismo ou por um outro interesse que viola os procedimentos preditos pela lei ou regulamentos: “ que apesar de ficar provada a competência do candidato, ele fica de fora, passa a miúda de boas pernas, esta é a escolhida” ou em outros casos o primo “D”…
No entanto, a questão da actual passa pela elevação da falta de educação que prolifera na nossa sociedade.
Argumentos infelizes têm se emancipado deixando para trás princípios básicos da educação doméstica. O adágio popular “parece que ele não tomou a sopa na mesa com os seus pais” parece ser substituído formalmente pelo dito: “não liga, isto é Angola…ou ainda, deixa estar e vamos fazer o quê, se este país esta mesmo assim…e agora acresce-se: a culpa é do governo... ou melhor...do executivo « »!”
No entanto, sem superar a habilidade daquele que já considerei o maior ilusionista do mundo “o mágico David Copperfield” (http://www.slideshare.net/espig/a-magica-de-david-copperfield) que no fim da década dos anos 80, confundiu-me, iludiu-me de que o mundo podia ser transformado em faz de conta, com apenas um estalar dos dedos, ou um simples sopro mágico.
Naquela época (da minha adolescência), eu achava que todos problemas sociais e não só, podiam ser resolvidos com um estalar de dedos do super David Copperfield. A meu entender ele devia ser o líder dos líderes, pois parecia ter a solução para todos os problemas que eram expostos, e resolvidos com soluções simples e práticas como: "um estalar de dedos, ou, o simples, a-drá-cá-dra-bá! ".
Enfim! O David desapareceu, quase como se alguém tivesse estalado os dedos, e eu cresci e encarei a realidade do mundo…
E então?! Por cá (...)?
Na realidade as coisas andam assim: a nível institucional a raiz do mal parece desenvolver novos tentáculos. É nesta perspectiva que começam a ser mais bem compreendidos aqueles que promovem as facilidades.
Actualmente, parece que o bom professor é aquele que não exige rigor sobre os seus alunos. Não é malaike aquele chefe que entende que o funcionário esteve na "Rav das Sem Saia Dental", no Domingo passado, e por isso hoje, segunda-feira, o chefe deve dar mole “facilitar”, entende-se não fiscalizar as acções com rigor, pois assim ele será considerado pelo grupo de funcionários, como o chefe fixe!
É assim, que os nossos compatriotas nas suas deslocações para o exterior vão promovendo de forma gratuita, e negativamente a imagem do país. Elogiam entusiasmados a forma ordeira que as pessoas perfilam para subir no autocarro, suportam a bicha da migração sem tentarem furar, e incitar a corrupção, reprovam nos textes e não acusam existir batota na selecção, enfim, respeitam as normas das instituições dos outros países! Mas uma vez cá (…) esquecem-se como que hipotenizados pela mágica de David Copperfield. Esquecem-se que é preciso estar ciente do respeito das normas sociais.
Esquecem-se que é necessário estarmos conscientes que a boa convivência parte sempre do respeito ao próximo, e isto, só é possível quando activamos os nossos princípios educacionais.
Por outro lado, somos nós próprios enquanto cidadãos que promove-mos a nossa imagem, a imagem do nosso país, pois uma vez fora das nossas fronteiras somos auto-designados embaixadores da nossa pátria.
Acima de tudo que foi proposto a reflectir, cá na banda, parece que o incorrecto começa a ser formalizado como se fosse o admissivelmente correcto.
É preciso formular-mos uma estrátegia para a mudança de paradigma. Vai ver que mais dias, menos dias, ainda somos surpreendidos pela inversão da lógica matemática… e ai, o resultado da adição de 1+1 já não será=2. Tudo porque, alguém usou a frase potencialmente incorrecta do deixa lá…isto mesmo já anda tudo lixado « » (…) sem esquecer que a culpa é do governo, ou melhor do executivo (…)… E assim, vamos indo. Por cá e por lá, promovendo a institucionalização do incorrecto, haja ciência (...)!
Há alguns anos, eu tentava prognosticar qual seria no futuro, a posição daqueles que sempre romperam o campo da ética e da moral, violando princípios básicos do que é socialmente reconhecido e aceite como positivo, em detrimento da realização dos seus anseios individuais.
Numa linguagem menos formal, refiro-me a prática de acções caracterizadas pelo “cambalacho” «» expressão importada e massificada graças a veiculação de uma novela brasileira na década dos anos 90 pela nossa televisão pública de Angola “TPA”. O cambalacho a que me refiro, pode ser entendido pelas acções que promovem a corrupção, dando prioridade ao oportunismo egocêntrico.
Tal facto, pode ser identificada em várias vertentes, como exemplo, no caso da eleição de um candidato a uma determinada vaga de emprego, ou ainda pela conveniência do amiguismo ou por um outro interesse que viola os procedimentos preditos pela lei ou regulamentos: “ que apesar de ficar provada a competência do candidato, ele fica de fora, passa a miúda de boas pernas, esta é a escolhida” ou em outros casos o primo “D”…
No entanto, a questão da actual passa pela elevação da falta de educação que prolifera na nossa sociedade.
Argumentos infelizes têm se emancipado deixando para trás princípios básicos da educação doméstica. O adágio popular “parece que ele não tomou a sopa na mesa com os seus pais” parece ser substituído formalmente pelo dito: “não liga, isto é Angola…ou ainda, deixa estar e vamos fazer o quê, se este país esta mesmo assim…e agora acresce-se: a culpa é do governo... ou melhor...do executivo « »!”
No entanto, sem superar a habilidade daquele que já considerei o maior ilusionista do mundo “o mágico David Copperfield” (http://www.slideshare.net/espig/a-magica-de-david-copperfield) que no fim da década dos anos 80, confundiu-me, iludiu-me de que o mundo podia ser transformado em faz de conta, com apenas um estalar dos dedos, ou um simples sopro mágico.
Naquela época (da minha adolescência), eu achava que todos problemas sociais e não só, podiam ser resolvidos com um estalar de dedos do super David Copperfield. A meu entender ele devia ser o líder dos líderes, pois parecia ter a solução para todos os problemas que eram expostos, e resolvidos com soluções simples e práticas como: "um estalar de dedos, ou, o simples, a-drá-cá-dra-bá! ".
Enfim! O David desapareceu, quase como se alguém tivesse estalado os dedos, e eu cresci e encarei a realidade do mundo…
E então?! Por cá (...)?
Na realidade as coisas andam assim: a nível institucional a raiz do mal parece desenvolver novos tentáculos. É nesta perspectiva que começam a ser mais bem compreendidos aqueles que promovem as facilidades.
Actualmente, parece que o bom professor é aquele que não exige rigor sobre os seus alunos. Não é malaike aquele chefe que entende que o funcionário esteve na "Rav das Sem Saia Dental", no Domingo passado, e por isso hoje, segunda-feira, o chefe deve dar mole “facilitar”, entende-se não fiscalizar as acções com rigor, pois assim ele será considerado pelo grupo de funcionários, como o chefe fixe!
É assim, que os nossos compatriotas nas suas deslocações para o exterior vão promovendo de forma gratuita, e negativamente a imagem do país. Elogiam entusiasmados a forma ordeira que as pessoas perfilam para subir no autocarro, suportam a bicha da migração sem tentarem furar, e incitar a corrupção, reprovam nos textes e não acusam existir batota na selecção, enfim, respeitam as normas das instituições dos outros países! Mas uma vez cá (…) esquecem-se como que hipotenizados pela mágica de David Copperfield. Esquecem-se que é preciso estar ciente do respeito das normas sociais.
Esquecem-se que é necessário estarmos conscientes que a boa convivência parte sempre do respeito ao próximo, e isto, só é possível quando activamos os nossos princípios educacionais.
Por outro lado, somos nós próprios enquanto cidadãos que promove-mos a nossa imagem, a imagem do nosso país, pois uma vez fora das nossas fronteiras somos auto-designados embaixadores da nossa pátria.
Acima de tudo que foi proposto a reflectir, cá na banda, parece que o incorrecto começa a ser formalizado como se fosse o admissivelmente correcto.
É preciso formular-mos uma estrátegia para a mudança de paradigma. Vai ver que mais dias, menos dias, ainda somos surpreendidos pela inversão da lógica matemática… e ai, o resultado da adição de 1+1 já não será=2. Tudo porque, alguém usou a frase potencialmente incorrecta do deixa lá…isto mesmo já anda tudo lixado « » (…) sem esquecer que a culpa é do governo, ou melhor do executivo (…)… E assim, vamos indo. Por cá e por lá, promovendo a institucionalização do incorrecto, haja ciência (...)!
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