segunda-feira, 4 de março de 2013

A VERDADE OCULTA: A ORIGEM DO MITO DAS REVOLUÇÕES ÁRABES

 
Por: Bento José dos Santos
 
Mais uma vez me proponho a partilhar uma das minhas reflexões introspectivas, tornando-á pública, por meio desta ferramenta estrategica  (o meu Blogue) que permite a partilha de conhecimentos.

Sei que através desde canal, em muitas ocasiões fica-se por se esgotar os assuntos que proponho partilhar. É um facto! Entretanto, a partilha dos mesmos, pode-se considerar o ponto de partida para um debate mais aprofundado, cujo os canais para tal, todos conhecemos.

 Assim sendo, não é demais convida-lo a apreciar o presente tema: A VERDADE OCULTA: A ORIGEM DO MITO DAS REVOLUÇÕES ÁRABES.

Actualmente torna-se cada vez mais difícil conceituar a palavra “revolução”. Isso deve-se ao facto de que, as experiências históricas definidas como “revolucionarias” nem sempre corresponderem com exactidão as concepções previamente estabelecidas.
 
O foco deste artigo não perspectiva criar marcos sobre a questão. No entanto, torna-se imperioso analisar em profundidade se as transformações sociais resultantes de determinados acontecimentos se estes provocaram mudanças bruscas na vida politica, económica e social de um determinado estado. Este é o paradigma das correntes marxistas que defendem que só existe revolução quando se constata uma mudança brusca no “statu quo” de uma sociedade (...) formada pelos três pilares sociais (sistema politico, económico e social).

Se por um lado torna-se mais difícil conceituar a palavra “revolução” não menos complexas, têm sido as motivações para o surgimento de fenómenos sociais auto-identificados como revoluções. Numa abordagem menos generalista da questão, delemita-mos o surgimento da corrente que globalizou a campanha apelidada massivamente nas redes sociais por “Revolução Árabe” que a meu entender, parece ter fracassado da sua meta previamente anunciada. Pois, não é novidade para os mais atentos, que na época do surgimento das ditas “Revoluções Árabes” rotulou-se como justificativa da sua emancipação “o facto das mesmas virem a actuar como estratégia mais viável para a rápida implementação da democracia” num mundo que até então persistia a mercê da vontade de regimes ditatoriais « ». Propagava-se pelos quatro cantos que a revolução traria consigo o grande despertar, um despertar para novos tempos de paz e desenvolvimento nestes países (…) Um despertar consumado na democracia (…)!

Entretanto, o tido argumento vincou como causa, hoje, muitos se questionam sobre a sua dimensão, implicação e consequências nas distintas partes do mundo. É bem verdade que o cordão umbical das revoluções árabes extendeu-se desde a Tunisia, Egipto, Líbia, Líbano, Síria, Argélia e demais países (...)

Outra realidade não menos importante para a identificação das causas do seu surgimento, preende-se á necessidade de se contextualizar o actual cenário internacional que exprimenta (va) a emancipação de uma das mais destemidas crises económicas mundiais.

Ao assistirmos uma europa demente por soluções que lhe aliviam da crise, o ambiente de instabilidade politica e social em alguns estados espalhados pelo mundo, representa também uma possibilidade de aleviar estrategicamente o sufoco económico vivido em algumas regiões atingidas pela crise. Sim! A guerra ajuda o desenvolvimento de certas economias, e num passado recente ela foi uma das principais causas do desenvolvimento indústrial também baptizada por “revolução indústrial” que foi uma das principais fontes de estabilidade económica de muitos países.

Ainda  sobre o campo (económico) importa desmestificar uma outra questão ligada ao falso mito da riqueza génerica que ficticiamente se especula existir para todo povo árabe. Apesar do petróleo gerar riqueza e prosperidade, este recurso também tem sido um dos principais  factores das grandes crises no mundo árabe.

Uma das causas primárias dá-se ao facto do petróleo só beneficiar uma franja priveligiada das elites árabes, constituida maioritariamente por governantes hereditários ( reis ) que até hoje estão no poder, acumulando bilhões de dólares em disparidade com o aumento dos níveis de desemprego, o que enfraquece a democracia e a liberdade nestes países.

Outrossim, é preciso não descurar-mos o facto de que a revolução árabe, talvez já tenha merecido um estudo mais aprofundado por parte da comunidade ciêntifica, pois na sua essência, foram vários os factores que perfilaram como motivação para uma observação mais permonizada. Entre os diversos aspectos, dois factos inovadores e consistentes na génese de tal fenómeno politico e social, certamente despertaram a atenção dos estudiosos. Por exemplo: o recrutamento gratuito que rapidamente foi-se disseminando pelas redes sociais, mobilizou inúmeros actores voluntários que se associaram como agentes de uma causa « » indefinida, propagando a intentona da instabilidade, nas vestes de “revolução” deixando para segundo plano as reais perspectivas, isto é, se tais acções seriam simétricas aos objectivos previamente anunciados.

Por estes e outros factos provocados pela géneses das revoluções, algumas perguntas não se calam, e levam-nos a esgrimi-las de forma reflectiva sobre tão ousado tema. Questões como: Qual é o actual estado político e social nos países onde se instalarão as revoluções árabes? A quem realmente interessasa (va) a instabilidade politica e social nestes países? O modelo “revolucionário” para derrube de governos, ou mudança de regimes politicos, é apropriado perante as actuais realidades mundiais? O mundo (...) ficou mais seguro após o surgimento destas revoluções?

Ao mergulhar-mos nossa inteligência sob reflexão de tais questionamentos, fomos impostos pela hierarquia da abordagem, a delimitar-mos a nossa dissertação numa pequena incursão numa das fases da expansão do povo árabe.

Neste prisma, importa realçar que embora os árabes sempre foram um povo numeroso e distribuido por uma grande extensão do mundo, o Mundo Árabe como nós conhecemos hoje, só passou a ser construido por meio da liderança do profeta Maomé.

O profeta Maomé, tido como um homem muito sábio, nasceu na Peninsula Arábica ( coração do Mundo Árabe ) no ano de 570, vindo de uma família rica de comerciantes. O que pouca gente sabe, é que além de profeta ele também foi um político que chegou a convencer e unificar todo o povo árabe da sua região. Outra contrariedade da actual imagem propagada pelo senso comum, no que diz respeito ao mundo árabe, prende-se ao facto de que Maomé não ter sido um mulçumano fanático, e não era contra as religiões que existiam no mundo naquela época, como era caso do Cristianismo e o Judaismo.

Entretanto, devido a sua forte liderança política entre os árabes, Maomé foi expulso da sua cidade natal “Meca” no ano de 622 pela Aristocracia local. Fugindo pelo deserto, Maomé chegou até a cidade de Medina, onde em segredo organizou um exército para invadir Meca e converte-la na sua nova religião.

Foram travadas batalhas sangrentas entre os exércitos de Maomé e os soldados de Meca, durante anos e anos, mas no final desta guerra Maomé saiu vitorioso e conquistou Meca, uma das principais cidades da época. Contando na altura com duas (2) cidades sobre seu comando Maomé expandiu ainda mais seus exércitos e durante os anos seguintes iniciou uma nova guerra para unificar todos os árabes, derrotando faseadamente todos os seus inimigos.

Após a sua morte, toda a Península Arábica já estava totalmente unida. Os seus seguidores agora partiriam para a conquista do mundo. Essa conquista prosseguiu por séculos, chegando a formar a base das sociedades árabes modernas. No entanto, o grande império árabe foi se dissolvendo com o tempo e os Cristãos recuperaram suas terras.

Voltando a questão suscitada anteriormente sobre o actual estado político e social nos países onde se instalarão as revoluções árabes, podemos reponder de forma simples e hierarquicamente em função temporal do surgimento dos fenómeno social designado por “Revolução Árabe”. Assim sendo, começamos pela Tunisia que actualmente vive uma intensa instabilidade politica. Egipto-Idem Ibidem, Líbia- Idem Ibidem, Líbano- Idem Ibidem, Síria- Idem Ibidem (...)
Infelizmente não podemos fechar o presente artigo com uma ideia contraria, se não uma avaliação negativa nos resultados alcançados pelas ditas “revoluções” já implantadas até os dias de hoje!
 
Assim procedemos, pelo facto destas manifestações sociais serem nada mais do uma nova forma de promover a instabilidade social, contrapondo todos argumentos que embrionariamente motivaram a sua proliferação pelo mundo. No entanto, uma verdade torna-se confessa para esclarecer a origem das apelidadas “revoluções árabes” estas são certamente as “motivações politicas inconfessas” antes mesmo do interesse de um todo “o povo”. A fundo da verdade, identificamos que a fragilidade dos actores sociais de nivel 3 (entenda-se a população) reside no espaço cada vez maior que a pobreza vai se instalando nas sociedades, o que cria o ambiente prospicio para a emanticipação da manipulação politica social no seu seio.

O que para muitos parece ser da responsabilidade do povo é sim responsabilidade das distintas lideranças governamentais espalhadas pelo mundo, que ao assumirem a liderança de um estado, devem antes de mais, ter visão e tenacidade para previnir a emanticipação destes fenómenos. Para tal, sugere-se a adopção e formulação de politicas sociais que promovam os pilares básicos para que as populações tenham uma vida mais condigna e justa. Por cá, isto só é possivel com assumpção do compromisso de lutar rigorosamente contra-corrupção (...) «»!

Por: Bento José dos Santos

 


 



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