Por: Bento José dos Santos *
As notícias económicas do mercado europeu da última semana, demonstraram um gráfico intenso de oscilações, tendo se destacado o Dólar pela volatilidade registada, operando em alta.
Tal facto deveu-se a preocupação sobre um possível agravamento da crise económica global, nos mercados, resultante das ameaças, da estagnação do crescimento económico mundial, assim como a incidência sob a divida das principais economias mundiais, e a incerteza sobre a solidez dos bancos europeus, e a evolução da instabilidade política em alguns países.
Apesar da recente vaga de assaltos que se viveu em algumas cidades da Inglaterra, as bolsas de Londres e Frankfurt abriram nos últimos dias de forma aparentemente estável. Paris, Madrid e Milão registaram uma leve queda na abertura.
Não obstante os mercados a nível internacional ensaiarem passos para a estabilidade económica, ainda parece distante o fim do cenário da aparente ressaca da crise económica mundial.
Segundo a Bovespa - instituição financeira brasileira, uma das principais funções de uma bolsa de valores é proporcionar um ambiente transparente e líquido, adequado à realização de negócios com valores mobiliários. Somente através das corretoras, os investidores têm acesso aos sistemas de negociação para efectuarem suas transacções de compra e venda desses valores, citam.
Por cá (Angola), não se conhece ainda as instituições administradoras dos mercados (bolsa de valores), cujo padrão consiste num centro de regras de negociação estabelecidas para os activos registados em cada um deles.
O facto do nosso país ainda não instituir as bolsas de valores, não transforma o nosso mercado como desregulado económica e financeiramente, uma vez que temos instituições públicas (Ministério das Finanças, Banco Nacional de Angola, etc.) e privadas que participam no directamente no processo da gestão mercantil.
No entanto, com a ausência deste barómetro «» económico, como tem sido diagnosticada a competitividade empresarial no nosso mercado?
A conceitualização económica da concorrência segundo a enciclopédia livre, corresponde à situação de um mercado em que os diferentes produtores ou vendedores de um determinado bem ou serviço actuam de forma independente face aos clientes/consumidores, com vista a alcançar um objectivo para o seu negócio – lucros, vendas e/ou quota de mercado – utilizando diferentes instrumentos, tais como os preços, a qualidade dos produtos, os serviços após venda, etc.
É um estado dinâmico de um mercado que estimula as empresas a investir e a inovar com vista à maximização dos seus ganhos e ao aproveitamento óptimo dos recursos escassos disponíveis. Um mercado concorrencial é aquele cujo funcionamento é feito de acordo com o livre jogo da oferta e da procura, sem intervenção do Estado.
O que constitui facto é a incidência cada vez maior de investidores internacionais no nosso mercado, uma vez que na actualidade o nosso país se deslumbra como mercado cheio de oportunidades, face ao seu actual estado social, de plena reconstrução nacional.
Se por um lado, o nosso mercado emite sinais positivos que capta a atenção dos investidores externos, internamente, começa a se massificar sinais de atitudes cépticas, fundamentadas na desigualdade de oportunidades no que diz respeito a realidade conjuntural da nossa classe empresarial.
A titulo de exemplo, dá-se o facto do empresariado angolano ver-se confrontado com taxas de juro altas a quando do recurso ao crédito, sem esquecer o excesso burocrático nas tramitações administrativas. Enquanto internamente nos esgrimimos com factores que nos retardam, os investidores estrangeiros que buscam as oportunidades no nosso mercado, vêm suportados e apoiados pelos seus governos.
Outrossim, fica muito a quem o comportamento das empresas operadoras no mercado angolano, sejam elas nacionais ou estrangeiras que assumem uma posição de paridade, pelo facto de não implementarem as técnicas e práticas da gestão de competitividade mercantil, mas no entanto, vejam seus resultados económicos a se consolidarem positivamente.
O velho pretexto desenvolvido em muitas empresas nacionais e agora á evoluir para as estrangeiras, de que não é preciso implementar estratégias de comunicação “publicidade, relações públicas, etc”… leva muitos empresários a justificarem-se que a sua actividade consiste na venda de serviços, o que segundo eles, anula a necessidade promover a marca nosso mercado… ou ainda o ilusório pretexto de ter o negócio garantido…tais argumentos levam a questionar em que meandro anda a nossa competitividade empresarial?!
Entretanto, o que parece para muitos ser a estratégia correcta, é o recurso ao lobby «» e já esta! No entanto, o que numa primeira instância parece ser a estratégia correcta, torna-se também um dos principais pontos fracos das empresas nacionais que procuram sempre vir a reboque de uma marca internacional, esquecendo-se que na prática a mesma consolidou-se fazendo recurso a aparente vulgar publicidade…e outras estratégias de comunicação.
Pondo de parte algumas marcas, tidas como as mais visíveis no placar publicitário nacional, onde a Unitel, Movicel, Blue, Cuca, Coca-cola, permanentemente revitalizam a sua imagem e projecção pública, actualmente, denotam-se algumas iniciativas institucionais que timidamente começam a projectar a imagem pública dos seus organismos. É o caso dos Caminhos de Ferro de Luanda, a Policia Nacional, através do seu órgão de trânsito entre outros.
No entanto, se por um lado o diagnóstico do nosso mercado potencializa as oportunidades para o investimento, captando empresas com renome a nível internacional, noutro, torna-se visível e necessário que as empresas angolanas assumam posições estratégicas através dos elementos de diferenciação.
Estes elementos podem ter como ponto de partida os recursos humanos qualificados na sua estrutura organizacional, até a projecção pública dos serviços ou produtos, ligados a marca de uma certa empresa, independentemente do seu ramo de actividade.
Tal como enunciou Einstein: “não existe maior sinal de insanidade do que fazer as coisas da mesma forma e esperar que os resultados sejam diferentes”. Enquadrando a referida citação, a ausência de práticas e técnicas para superar a concorrência é um factor a ter em especial atenção, uma vez que no final, o nosso mercado que começa a se desenhar ultra-competitivo se encarregará de descartar as empresas que primam na omissão das suas competências, dando lugar a aqueles que jogam com um mercado aberto e transparente.
Isto só será possível associando a competência das empresas, a projecção da sua identidade junto dos seus diferentes públicos no mercado.
Para tal, recomenda-se aos gestores empresariais, a assumirem uma postura estratégica baseada na forma de pensar no futuro, em relação a empresa e o seu ecossistema mercantil.
* Especialista em Comunicação Organizacional
As notícias económicas do mercado europeu da última semana, demonstraram um gráfico intenso de oscilações, tendo se destacado o Dólar pela volatilidade registada, operando em alta.
Tal facto deveu-se a preocupação sobre um possível agravamento da crise económica global, nos mercados, resultante das ameaças, da estagnação do crescimento económico mundial, assim como a incidência sob a divida das principais economias mundiais, e a incerteza sobre a solidez dos bancos europeus, e a evolução da instabilidade política em alguns países.
Apesar da recente vaga de assaltos que se viveu em algumas cidades da Inglaterra, as bolsas de Londres e Frankfurt abriram nos últimos dias de forma aparentemente estável. Paris, Madrid e Milão registaram uma leve queda na abertura.
Não obstante os mercados a nível internacional ensaiarem passos para a estabilidade económica, ainda parece distante o fim do cenário da aparente ressaca da crise económica mundial.
Segundo a Bovespa - instituição financeira brasileira, uma das principais funções de uma bolsa de valores é proporcionar um ambiente transparente e líquido, adequado à realização de negócios com valores mobiliários. Somente através das corretoras, os investidores têm acesso aos sistemas de negociação para efectuarem suas transacções de compra e venda desses valores, citam.
Por cá (Angola), não se conhece ainda as instituições administradoras dos mercados (bolsa de valores), cujo padrão consiste num centro de regras de negociação estabelecidas para os activos registados em cada um deles.
O facto do nosso país ainda não instituir as bolsas de valores, não transforma o nosso mercado como desregulado económica e financeiramente, uma vez que temos instituições públicas (Ministério das Finanças, Banco Nacional de Angola, etc.) e privadas que participam no directamente no processo da gestão mercantil.
No entanto, com a ausência deste barómetro «» económico, como tem sido diagnosticada a competitividade empresarial no nosso mercado?
A conceitualização económica da concorrência segundo a enciclopédia livre, corresponde à situação de um mercado em que os diferentes produtores ou vendedores de um determinado bem ou serviço actuam de forma independente face aos clientes/consumidores, com vista a alcançar um objectivo para o seu negócio – lucros, vendas e/ou quota de mercado – utilizando diferentes instrumentos, tais como os preços, a qualidade dos produtos, os serviços após venda, etc.
É um estado dinâmico de um mercado que estimula as empresas a investir e a inovar com vista à maximização dos seus ganhos e ao aproveitamento óptimo dos recursos escassos disponíveis. Um mercado concorrencial é aquele cujo funcionamento é feito de acordo com o livre jogo da oferta e da procura, sem intervenção do Estado.
O que constitui facto é a incidência cada vez maior de investidores internacionais no nosso mercado, uma vez que na actualidade o nosso país se deslumbra como mercado cheio de oportunidades, face ao seu actual estado social, de plena reconstrução nacional.
Se por um lado, o nosso mercado emite sinais positivos que capta a atenção dos investidores externos, internamente, começa a se massificar sinais de atitudes cépticas, fundamentadas na desigualdade de oportunidades no que diz respeito a realidade conjuntural da nossa classe empresarial.
A titulo de exemplo, dá-se o facto do empresariado angolano ver-se confrontado com taxas de juro altas a quando do recurso ao crédito, sem esquecer o excesso burocrático nas tramitações administrativas. Enquanto internamente nos esgrimimos com factores que nos retardam, os investidores estrangeiros que buscam as oportunidades no nosso mercado, vêm suportados e apoiados pelos seus governos.
Outrossim, fica muito a quem o comportamento das empresas operadoras no mercado angolano, sejam elas nacionais ou estrangeiras que assumem uma posição de paridade, pelo facto de não implementarem as técnicas e práticas da gestão de competitividade mercantil, mas no entanto, vejam seus resultados económicos a se consolidarem positivamente.
O velho pretexto desenvolvido em muitas empresas nacionais e agora á evoluir para as estrangeiras, de que não é preciso implementar estratégias de comunicação “publicidade, relações públicas, etc”… leva muitos empresários a justificarem-se que a sua actividade consiste na venda de serviços, o que segundo eles, anula a necessidade promover a marca nosso mercado… ou ainda o ilusório pretexto de ter o negócio garantido…tais argumentos levam a questionar em que meandro anda a nossa competitividade empresarial?!
Entretanto, o que parece para muitos ser a estratégia correcta, é o recurso ao lobby «» e já esta! No entanto, o que numa primeira instância parece ser a estratégia correcta, torna-se também um dos principais pontos fracos das empresas nacionais que procuram sempre vir a reboque de uma marca internacional, esquecendo-se que na prática a mesma consolidou-se fazendo recurso a aparente vulgar publicidade…e outras estratégias de comunicação.
Pondo de parte algumas marcas, tidas como as mais visíveis no placar publicitário nacional, onde a Unitel, Movicel, Blue, Cuca, Coca-cola, permanentemente revitalizam a sua imagem e projecção pública, actualmente, denotam-se algumas iniciativas institucionais que timidamente começam a projectar a imagem pública dos seus organismos. É o caso dos Caminhos de Ferro de Luanda, a Policia Nacional, através do seu órgão de trânsito entre outros.
No entanto, se por um lado o diagnóstico do nosso mercado potencializa as oportunidades para o investimento, captando empresas com renome a nível internacional, noutro, torna-se visível e necessário que as empresas angolanas assumam posições estratégicas através dos elementos de diferenciação.
Estes elementos podem ter como ponto de partida os recursos humanos qualificados na sua estrutura organizacional, até a projecção pública dos serviços ou produtos, ligados a marca de uma certa empresa, independentemente do seu ramo de actividade.
Tal como enunciou Einstein: “não existe maior sinal de insanidade do que fazer as coisas da mesma forma e esperar que os resultados sejam diferentes”. Enquadrando a referida citação, a ausência de práticas e técnicas para superar a concorrência é um factor a ter em especial atenção, uma vez que no final, o nosso mercado que começa a se desenhar ultra-competitivo se encarregará de descartar as empresas que primam na omissão das suas competências, dando lugar a aqueles que jogam com um mercado aberto e transparente.
Isto só será possível associando a competência das empresas, a projecção da sua identidade junto dos seus diferentes públicos no mercado.
Para tal, recomenda-se aos gestores empresariais, a assumirem uma postura estratégica baseada na forma de pensar no futuro, em relação a empresa e o seu ecossistema mercantil.
* Especialista em Comunicação Organizacional
1 comentário:
Gostei de ver a sua publicaçao. Gastaria de saber se estes estudos sao actuais ou foram feitos a quanto tempo?
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