sábado, 17 de dezembro de 2011

O DIÁLOGO COMO ESTRATEGIA DE ESTABILIDADE POLÍTICA E SOCIAL





Por: Bento José dos Santos

“Há hoje algumas incompreensões e mesmo equívocos que é preciso esclarecer. Penso que isto acontece porque o diálogo não ainda não é suficiente. O sector competente do executivo deve aprimorar as vias do diálogo sociais e ouvir, auscultar e discutir mais, para que os assuntos sejam tratados em momentos e lugares certos, e sejam encontradas e aplicadas soluções consensuais”…


José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola.


No passado dia 18 de Outubro de 2011, o Presidente da República Angola, proferiu um discurso sobre o Estado da Nação Angolana, durante a cerimónia de abertura da IV Sessão Legislativa da II Legislatura da Assembleia Nacional. O nosso presidente trouxe em voga a questão da necessidade de se estabelecer canais de diálogo entre o sistema governante e a juventude. Indo um pouco mais além, sabe-se que esta necessidade abrange a todos sectores sociais.


Apesar da maioria das reacções da opinião pública demonstrar estar de acordo com a visão do presidente, ainda não se sentiu o real posicionamento técnico (Comunicólogos) daqueles que tem a árdua missão de implementar os sistemas e processos de comunicação no seio da sociedade, uma vez que são detentores de formação específica e profissionalizante nesta área.


Dialogar é comunicar. A comunicação por sua vez, é um processo complexo de estruturas e ferramentas que devem ser incorporadas no dia-a-dia da sociedade, sejam elas organizações, sociedade civil, ou mesmo militar e paramilitares, todas elas estão envolvidas no papel de actores sociais, e logo concorrem ao propósito de produzir a sustentabilidade social.


Apesar de dialogar ser objectivamente comunicar, o risco da deturpação conceitual da comunicação é extensiva e vivenciada diariamente, enquanto se confunde a comunicação com a dominação, o exercício do poder, a manipulação, a sedução ou mesmo a bendita informação!


A comunicação não pode ser confundida com a informação, pois a informação é geralmente impessoal, e pode até ser mecanizada. Entretanto, a informação é matéria-prima da comunicação. Sendo que quem esta informado, esta melhor preparado para o diálogo.


O campo genuíno da comunicação é sempre baseado na argumentação, opinião e esclarecimento, pois estes anulam o campo da coerção, da manipulação, da sedução e da simples informação. Apesar disto o campo da esfera comunicacional é também o campo da persuasão, mas da persuasão consciente, onde se elege os melhores argumentos que moldam as opiniões, e por fim, a actuação das pessoas esclarecidas.


A comunicação é um fluido social que torna possível o relacionamento humano. O que precede o diálogo ou o relacionamento comunicacional das instituições, ou organizações sociais é o conteúdo ou a mensagem que se pretende estabelecer com os seus interlocutores, no caso a população.


Outro aspecto fundamental desse processo é a forma dialogista que se deve estabelecer no processo comunicacional. A definição dos canais de comunicação deve ser de mão dupla, considerando o diálogo pela troca de conhecimento, informações e percepções, que serão os insumos para a retroalimentação do processo comunicacional. Isto é vital para a organização social.


Com esta compreensão, a comunicação do executivo angolano precisa partir em primeira instância na apresentação da sua identidade. Isto seria possível através de um exercício democrático, publicitando quem ela realmente é, para poder ser conhecida, entendida e assim a sua mensagem ou discurso será compartilhado e assimilado pelos seus interlocutores.


É preciso exteriorizar o certo e também o errado a nível da informação. As instituições públicas, assim como executivo é gerido por seres humanos…com um exercício de equilíbrio da informação, a população escusava rejeitar as informações propagadas que projectam uma imagem de falsa perfeição perante aos factos do quotidiano.
Só através da criação de um canal de promoção da identidade pública do governo, baseado na clareza e transparência concisa da identidade do executivo, poderemos criar um governo aberto ao diálogo permanente, e obviamente caminharemos para uma melhor estabilidade social e política.


Para alcançar tal objectivo o sector competente do executivo no caso o Ministério da Comunicação Social é chamado a fazer o seu papel. O primeiro passo devia ser a elaboração de um plano estratégico para promoção da identidade institucional e social do executivo assim como a criação de vias de diálogo com a sociedade.


Apesar da falta de acções, o desafio esta lançado o presidente foi feliz, no seu pronunciamento. Realmente necessitamos de canais para ouvir, auscultar e discutir mais, para que os assuntos sejam tratados em momentos e lugares certos, até lá aguardamos os resultados dos órgãos competentes!

sábado, 3 de dezembro de 2011

ENTRE A EXPERIÊNCIA E O CONHECIMENTO:





Por: Bento José dos Santos






Os contextos são diversificados, mas as contradições mantêm-se.
Existe realmente diferença entre a experiência e o conhecimento profissional?!”
Atente as seguintes afirmações:

- “Empresa de renome internacional precisa para os seus quadros “Director Financeiro”, formado em Economia ou gestão com mais de cinco (5) anos de experiência profissional”…

- “Ele domina o assunto, mas lamentavelmente não possui a formação académica específica para a vaga que concorre”;

- “É um candidato que o seu perfil se enquadra com a vaga, só que não tem experiência de trabalho…”

- “Quase que seria o homem certo para ocupar esta vaga, entretanto, não fala a língua inglesa…”

São inúmeras as situações que podem inviabilizar o inicio ou mesmo a inserção profissional de um ou vários candidatos a uma determinada vaga. As que acabo de citar textualmente não extinguem a imensidão das hipóteses deste assunto muito debelado.

A questão do desenho e avaliação do perfil profissional é um tema tão polémico que dificilmente reúne consenso. Independentemente desta variante, actualmente a problemática tem evoluido para o ambiente interno de muitas organizações, onde de maneira reformulada se revê a questão sob contexto de qual das valências seria a mais importante…experiência profissional ou conhecimento académico científico?

Juca Fernandes funcionário de uma empresa fornecedora de serviços no sector petrolífero sente-se desmotivado. O mesmo alega que os trinta (30) anos de experiência profissional não têm sido justamente recompensados. Ele afirma que na sua empresa aparecem novatos nas vestes de senhores engenheiros a beneficiarem-se de mais compensações do que ele…entretanto, segundo Juca Fernandes, estes engenheiros não possuem a capacidade prática de executar as tarefas que lhes recai em função do título académico, cabendo a ele a missão de realizar as tarefas mais complexas, como se, o dito engenheiro fosse ele próprio…

Noutro quadrante, muitos gestores de áreas operacionais se justificam alegando que o volume de trabalho que sobre eles recai é tão extenso, que acabam por ficar sem tempo para executar e acompanhar cabalmente as tarefas das áreas operacionais, ficando geralmente pelo segmento administrativo (ocupado com reuniões, despachos etc.), ficando deste modo terciarizada a responsabilidade de execução prática das acções aos técnicos… e vão mais longe, alegando que os operários de base ou mesmo intermédios, só sobrevivem graças a capacidade psicocientifica dos detentores de conhecimento científico!

Entretanto no meio deste cenário levanta-se outra questão, que convém desde já, delimita-la conceitualmente…

O quê a experiência?

O dicionário electrónico de língua portuguesa “Priberam” define experiência como uma palavra que deriva do (latim experientia, -ae, ensaio, prova, tentativa) o que significa conhecimento adquirido por prática, estudos, observação, etc.

Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre, em
epistemologia, experiência é o contacto epistémico (geralmente perceptual) directo e característico com aquilo que se apresenta a uma fonte cognitiva de informações (faculdades mentais como a percepção, a memória, a imaginação e a introspecção). Para alguns filósofos (Descartes, por exemplo) aquilo que se dá a qualquer uma dessas faculdades é experiência (embora ele não utilize essa palavra, mas sim a palavra pensamento).

Sintetizando com base nos conceitos expostos podemos definir a experiência como a prática de vida, ensaio, ou ainda o facto de a pessoa ser capaz de experimentar, reconstruir e modificar algo, podendo também interpretar a experiência como a forma de verificarmos um fenómeno físico, experimentando algo através dos nossos sentidos.

Quanto ao conhecimento…


A definição clássica de conhecimento, originada em
Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada. Aristóteles divide o conhecimento em três áreas: científica, prática e técnica.
O conhecimento pode ainda ser
aprendido como um processo ou como um produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e conceitos o conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento como uma actividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa.

Conclusão


Não existe uma separação entre a experiência e o conhecimento, uma vez que ambas qualidades são intrinsecamente dependentes, diferenciando-se na sua aplicação, uma vez que ao se ganhar experiência esta a se obter conhecimento e vice-versa.


O que deve se propagado de forma correcta quando se pretende distinguir o valor profissional dos quadros é o uso do termo técnico “know-how” que na tradução literária na língua portuguesa “compreende-se como saber fazer”.

Outra forma que pode-se ser tida como a mais correcta a quando da distinção de valores profissionais é baseado na prática. Um funcionário pode ter mais prática em relação ao outro, o que pode servir de item para a ficha de avaliação de valor.


Assim sendo o conhecimento profissional será a integração de tudo o que aprendemos de forma especifica durante a nossa formação e vivência profissional, e para tal a vivência será baseada em situações de experimentação, é ai que reside o nosso real valor profissional...na experiência que por sua vez é também o nosso conhecimento!

sábado, 17 de setembro de 2011

BELEZA ANGOLANA, ENTRE O DESAFIO E A CONQUISTA



Por: Bento José dos Santos







No passado dia doze (12/09/011), a cidade brasileira de São Paulo foi palco da grande festa da beleza mundial, com a edição comemorativa dos 60 anos do concurso Miss Universo 2011. Foi a primeira vez que o concurso foi disputado no Brasil. O evento decorreu no Credicard Hall que é uma das principais casas de eventos do Brasil, com uma capacidade para mais de 7.000 convidados.

O desafio reuniu 89 candidatas dos distintos países do mundo, pressupondo que ser a mulher mais bonita entre as mulheres mais bonitas do universo, era de antemão a conquista de um grande título. Através de vários processos sequências de eliminatória, a decisão do júri, fica entre as cinco finalistas. Nesta fase, o júri age através de um ranking de pontos atribuídos pelos jurados durante a apresentação final, que conta com desfiles em trajes de banho e de gala, e com a aguardada resposta das candidatas à pergunta final.

Perante tais desafios, Leila Lopes, a nossa miss Angola, foi a grande vencedora da noite. Única negra entre as finalistas, a nossa beleza de 25 anos de idade, revelou a potencialidade da beleza angolana perante os desafios.
Entre os variadissimos prémios, a nossa vencedora receberá: bolsa de estudo, um apartamento totalmente mobilado, um estilista permanente para mante-la fabulosa nas suas aparições públicas, roupas, joias, produtos de beleza e estetica, um sálario como miss universo, contratos publicitários, contrato com a “ Organização do Miss Universo”, um prémio em dinheiro, e passará o seu reinado a viajar pelo mundo promovendo as mensagens para o controlo das doenças, da paz e cuidados com a AIDS, e muito mais…

Para derimir algumas curiosidades sobre os requisitos das candidatas, saiba que: - As misses não podem ter sido casadas, nem separadas. Que durante o reinado, também não podem se casar e não podem ter filhos, nem adoptivos, antes e durante o reinado. Quanto ao namoro, não há nenhuma exigência com relação à virgindade das candidatas.
Sobre a idade: - as misses precisam ter entre 18 e 27 anos até o dia 1º de fevereiro do ano da competição. A candidata a mulher mais bonita do mundo pode fazer o que bem entender com o cabelo? Não há restrição sobre o uso de adereços para aumentar o tamanho do cabelo. Sobre tatuagens e piercings, também não há restrição, mas há casos de misses que esconderam as próprias tatuagens para desfilar. E que não é verdade é que é preciso falar inglês para se candidatar ao Miss Universo?! Há exigência, mas as candidatas ficam dependentes do intérprete. E que, não há exigência sobre conhecimentos. E que, desde 1952, 44 das 58 vencedoras do concurso Miss Universo eram morenas.

Razão para afirmar, que, entre o desafio e a conquista a solução passa necessariamente pela universalidade da beleza da mulher angolana!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Benguela e Huambo: sob carris, rumo ao progresso económico



Por: Bento José dos Santos

"O apito do comboio, no passado dia 30 de Agosto (2011), na província do Huambo, foi acompanhado de manifestações de euforia festiva por parte da população daquela província, e de outras partes do país. Tal facto deveu-se a uma solução prática implementada pelo executivo do governo de Angola, que mereceu o reconhecimento daqueles que bem sabem da dimensão e valor deste feito para o progresso económico da região"


Numa primeira fase, o eixo principal corresponderá a província de Benguela e do Huambo, pelas suas localizações geoestratégicas. A província de Benguela contará em breve com um pólo de desenvolvimento industrial de Catumbela, cujo valor de investimento ronda os vinte cinco milhões (25.000.000,00) de dólares norte americanos, de igual forma a província do Huambo também será beneficiada com um projecto com a mesma envergadura, o pólo industrial da Cáala, o que nos leva a perspectivar uma maior facilidade para o escoamento dos produtos, oriundos do campo para as cidades e vice-versa.

O percurso ao progresso económico da província do Huambo e Benguela vêm a dar vazão as estratégias do governo, no que diz respeito a expansão dos mercados internos, permitindo o crescimento das economias locais contribuindo para o desenvolvimento económico do país. Esta estratégia, é resultante da combinação entre infra-estrutura e serviços que tem de responder os grandes desafios de desenvolvimento económico, no que tange a mobilidade das populações, potencializando a utilização dos transportes públicos e promovendo a inter-modalidade de passageiros e mercadorias, assegurando as ligações entre as províncias portuárias e aeroportuárias, bem como viabilizar as plataformas logísticas.

O vigor da economia de um país depende em muito, do nível e dos padrões de mobilidade das pessoas e bens. Deste modo, retirar obstáculos a essa mobilidade, tornou-se uma medida crítica por parte do executivo angolano, na qual o caminho-de-ferro pode e passará a dar o seu contributo.


Neste âmbito, fica patente o compromisso do governo angolano em promover o desenvolvimento harmonioso e sustentável das distintas regiões do país, sendo que o processo de reconstrução nacional em curso no país, desde 2002, tem por base a resolução dos problemas provocados principalmente pela guerra.

Os carris do progresso económico que acabam de ser inaugurados pelo Presidente da República de Angola, Eng.º. José Eduardo dos Santos, certamente funcionarão como estratégia de coesão social e territorial, numa óptica de satisfação das necessidades e das expectativas do mercado, constituindo ainda uma medida que visa o aumento da qualidade de vida dos cidadãos.


Razão para dizer, bem haja aos carris do progresso económico!

sábado, 3 de setembro de 2011

AS PERSPECTIVAS DA CONCORRÊNCIA EMPRESARIAL NO MERCADO ANGOLANO (1)



Por: Bento José dos Santos *

As notícias económicas do mercado europeu da última semana, demonstraram um gráfico intenso de oscilações, tendo se destacado o Dólar pela volatilidade registada, operando em alta.

Tal facto deveu-se a preocupação sobre um possível agravamento da crise económica global, nos mercados, resultante das ameaças, da estagnação do crescimento económico mundial, assim como a incidência sob a divida das principais economias mundiais, e a incerteza sobre a solidez dos bancos europeus, e a evolução da instabilidade política em alguns países.

Apesar da recente vaga de assaltos que se viveu em algumas cidades da Inglaterra, as bolsas de Londres e Frankfurt abriram nos últimos dias de forma aparentemente estável. Paris, Madrid e Milão registaram uma leve queda na abertura.

Não obstante os mercados a nível internacional ensaiarem passos para a estabilidade económica, ainda parece distante o fim do cenário da aparente ressaca da crise económica mundial.

Segundo a Bovespa - instituição financeira brasileira, uma das principais funções de uma bolsa de valores é proporcionar um ambiente transparente e líquido, adequado à realização de negócios com valores mobiliários. Somente através das corretoras, os investidores têm acesso aos sistemas de negociação para efectuarem suas transacções de compra e venda desses valores, citam.

Por cá (Angola), não se conhece ainda as instituições administradoras dos mercados (bolsa de valores), cujo padrão consiste num centro de regras de negociação estabelecidas para os activos registados em cada um deles.

O facto do nosso país ainda não instituir as bolsas de valores, não transforma o nosso mercado como desregulado económica e financeiramente, uma vez que temos instituições públicas (Ministério das Finanças, Banco Nacional de Angola, etc.) e privadas que participam no directamente no processo da gestão mercantil.

No entanto, com a ausência deste barómetro «» económico, como tem sido diagnosticada a competitividade empresarial no nosso mercado?

A conceitualização económica da concorrência segundo a enciclopédia livre, corresponde à situação de um mercado em que os diferentes produtores ou vendedores de um determinado bem ou serviço actuam de forma independente face aos clientes/consumidores, com vista a alcançar um objectivo para o seu negócio – lucros, vendas e/ou quota de mercado – utilizando diferentes instrumentos, tais como os preços, a qualidade dos produtos, os serviços após venda, etc.
É um estado dinâmico de um mercado que estimula as empresas a investir e a inovar com vista à maximização dos seus ganhos e ao aproveitamento óptimo dos recursos escassos disponíveis. Um mercado concorrencial é aquele cujo funcionamento é feito de acordo com o livre jogo da oferta e da procura, sem intervenção do Estado.


O que constitui facto é a incidência cada vez maior de investidores internacionais no nosso mercado, uma vez que na actualidade o nosso país se deslumbra como mercado cheio de oportunidades, face ao seu actual estado social, de plena reconstrução nacional.

Se por um lado, o nosso mercado emite sinais positivos que capta a atenção dos investidores externos, internamente, começa a se massificar sinais de atitudes cépticas, fundamentadas na desigualdade de oportunidades no que diz respeito a realidade conjuntural da nossa classe empresarial.

A titulo de exemplo, dá-se o facto do empresariado angolano ver-se confrontado com taxas de juro altas a quando do recurso ao crédito, sem esquecer o excesso burocrático nas tramitações administrativas. Enquanto internamente nos esgrimimos com factores que nos retardam, os investidores estrangeiros que buscam as oportunidades no nosso mercado, vêm suportados e apoiados pelos seus governos.

Outrossim, fica muito a quem o comportamento das empresas operadoras no mercado angolano, sejam elas nacionais ou estrangeiras que assumem uma posição de paridade, pelo facto de não implementarem as técnicas e práticas da gestão de competitividade mercantil, mas no entanto, vejam seus resultados económicos a se consolidarem positivamente.

O velho pretexto desenvolvido em muitas empresas nacionais e agora á evoluir para as estrangeiras, de que não é preciso implementar estratégias de comunicação “publicidade, relações públicas, etc”… leva muitos empresários a justificarem-se que a sua actividade consiste na venda de serviços, o que segundo eles, anula a necessidade promover a marca nosso mercado… ou ainda o ilusório pretexto de ter o negócio garantido…tais argumentos levam a questionar em que meandro anda a nossa competitividade empresarial?!

Entretanto, o que parece para muitos ser a estratégia correcta, é o recurso ao lobby «» e já esta! No entanto, o que numa primeira instância parece ser a estratégia correcta, torna-se também um dos principais pontos fracos das empresas nacionais que procuram sempre vir a reboque de uma marca internacional, esquecendo-se que na prática a mesma consolidou-se fazendo recurso a aparente vulgar publicidade…e outras estratégias de comunicação.

Pondo de parte algumas marcas, tidas como as mais visíveis no placar publicitário nacional, onde a Unitel, Movicel, Blue, Cuca, Coca-cola, permanentemente revitalizam a sua imagem e projecção pública, actualmente, denotam-se algumas iniciativas institucionais que timidamente começam a projectar a imagem pública dos seus organismos. É o caso dos Caminhos de Ferro de Luanda, a Policia Nacional, através do seu órgão de trânsito entre outros.

No entanto, se por um lado o diagnóstico do nosso mercado potencializa as oportunidades para o investimento, captando empresas com renome a nível internacional, noutro, torna-se visível e necessário que as empresas angolanas assumam posições estratégicas através dos elementos de diferenciação.

Estes elementos podem ter como ponto de partida os recursos humanos qualificados na sua estrutura organizacional, até a projecção pública dos serviços ou produtos, ligados a marca de uma certa empresa, independentemente do seu ramo de actividade.

Tal como enunciou Einstein: “não existe maior sinal de insanidade do que fazer as coisas da mesma forma e esperar que os resultados sejam diferentes”. Enquadrando a referida citação, a ausência de práticas e técnicas para superar a concorrência é um factor a ter em especial atenção, uma vez que no final, o nosso mercado que começa a se desenhar ultra-competitivo se encarregará de descartar as empresas que primam na omissão das suas competências, dando lugar a aqueles que jogam com um mercado aberto e transparente.

Isto só será possível associando a competência das empresas, a projecção da sua identidade junto dos seus diferentes públicos no mercado.

Para tal, recomenda-se aos gestores empresariais, a assumirem uma postura estratégica baseada na forma de pensar no futuro, em relação a empresa e o seu ecossistema mercantil.

* Especialista em Comunicação Organizacional





domingo, 21 de agosto de 2011

FACTOS E ACONTECIMENTOS PERANTE AS REALIZAÇÕES EM ANGOLA: DESENVOLVIMENTO DO ESTADO OU UTOPIA? (1)

Por: Bento José dos Santos *









A semana que findou foi rica na produção de factos e acontecimentos, políticos, económicos, culturais, entre outros. Em Angola e pelo mundo…para generalizar, podemos resumir que foi rica na produção de distintos factos sociais.

Obviamente, devemos reconhecer que o pragmatismo se retém ao homem enquanto principal actor social, sendo que o contrario poderia se especular a sua extinção no que concerne ao seu papel de propulsor do dinamismo social.

Muitos dos factos e acontecimentos ocorridos na última semana podiam ser repercutidos neste ensaio…entretanto, sua dimensão não permitiria a extinção e a objectividade, a qual me propus exercitar. Assim sendo, não me arrisco a emergir na ambiguidade, sabendo que a hierarquização dos factos ou acontecimentos possibilita a produção de uma analogia no que concerne a abordagem de um tema específico.

Logo, delimito o meu exercício de sapiência, ao nosso estado “aos factos e acontecimentos, contrapondo-os as realizações produzidas pelo nosso governo, cuja análise suscita a formulação de uma pergunta: tais realizações correspondem ao desenvolvimento do estado angolano ou se observa uma utopia genericamente social?”

Ainda sobre a interacção e conceitualização das duas designações sociais “factos e acontecimentos” importa aclarar a sua diferenciação; esta identifica-se na natureza, dimensão e finalidade dos mesmos. Sintetizando o conceito de Émile Durkheim, factos são todas as maneiras de ser, fazer, pensar, agir e sentir desde que compartilhadas colectivamente, isto é manifestadas no meio social.

Os factos variam de cultura para cultura e tem como base a moral social, estabelecendo um conjunto de regras e determinando o que é certo ou errado, permitido ou proibido.

No que tange a conceituação de acontecimentos, podemos defini-los como as ocorrências naturais ou humanas com características revelantes para as sociedades, cujo carácter pragmático é amplificado pela intervenção dos media.

Voltando ao foco deste ensaio, grafava que a semana finda foi rica em factos e acontecimentos na nossa arena social, destacando: a aprovação do pacote legislativo eleitoral, a reunião dos estados membros da SADC, a nossa estreia no campeonato africano de basquetebol, e já na pontinha, o anúncio da venda das casas existentes na nova cidade do Kilamba.

Espero não desvirtuar nenhum leitor, pois sei que também a semana foi rica em mujimbos e incertezas entre muitos assuntos de cariz social…

Voltando aos acontecimentos, a meu ver a aprovação conturbada “pelo posicionamento da Unita” quanto ao pacote legislativo eleitoral, desnudou a fragilidade democrática de muitos actores políticos, independentemente dos partidos em questão, uma vez que, ficou patente do lado da Unita, que os interesses partidários sobrepõem aos interesses do povo.

Não me refiro ao posicionamento pelo facto de não concordarem com alguns pontos manifestados no pacote legislativo eleitoral, refiro-me a forma oportunista de tentarem fazer politica demagógica, confundindo o povo, criando factos sensacionalistas. “Talvez nesta altura, poucos se recordam da maka interna que o partido Unita vivência, onde parece que a democracia interna, já era”…razão para questionar, alguém viu um numa por ai?

Ainda sobre este assunto, também foi negativo o comportamento menos ético de alguns camaradas do “MPLA” que se deixaram levar pelo extremismo idealista da boleia das raízes tribais que enfermam os países africanos.

A estes, mesmo indo na boleia do suposto mal-entendido “em nome do povo soberano” conotado para “em nome do povo do sul”… também estas coisas de querer embelezar o feio…acabam sempre por cair na banalidade gratuita.

Como grafava, estes camaradas “salienta-se que muitos deles também são oriundos da parte sul de Angola” devem ser chamados pelo comité de ética e disciplina do partido para que internamente, sejam advertidos que nas vestes de representantes do povo a tolerância e auto-domínio são qualidades excepcionais.

Alias o apelo ao protagonismo tribal é estratégia permanente da Unita, se não, os selos dos seus pronunciamentos são sempre catalogados pelos povos e etnias de certas regiões do país como se eles vivem-se isolados de Angola…

Quanto ao evento politico da semana, se não mesmo do ano, a reunião dos estados membros da SADC, importa destacar o desempenho e posicionamento do executivo angolano no antes e agora, do leme politico da SADC, demonstraram que somos detentores de lucidez e maturidade politica, não reagindo por impulsos do imediatismo o qual muito foi propagado por analistas da nossa praça de que “devemos integrar já as propostas da SADC, comercio livre etc.” o que no meu entender viria a contrapor os nossos objectivos internos “estratégicos”, acima da ilusória realidade do desenvolvimento a curto prazo.

Sobre a nossa estreia no campeonato africano de basquetebol, embora superficialmente menos esclarecido nestes assuntos, devo afirmar que a nossa selecção de basquetebol não esta bem! E a culpa de tal facto, é dos nossos dirigentes desportivos, seguidamente a culpa recai ao treinador. No que cabe aos nossos dirigentes desportivos, a culpa lhes pesa duas vezes, pois estes, insistem como muitos outros angolanos em não acreditar no nosso potencial interno.

Uma das poucas vezes que não vi, um único dirigente angolano a catalogar as nossas competências internas como negativas, é quando o assunto faz referencia a guerra ou temas a ela inerentes…de resto somos sempre incapazes dai, porque não buscar a experiencia externa, justificam…

Gostaria que os nossos dirigentes reflectissem um pouco para concluírem como se absorve a bendita experiência, ou competência se preferirem?!

Os técnicos expatriados merecem todas as condições e mordomias os nacionais, como sempre quando pedem os que lhes é de direito são sempre conotados ao dito oportunismo…por isso, acho que os sinais que a nossa selecção evidenciou, mesmo ganhando o Madagáscar transpareceu a nossa fragilidade competitiva, ou melhor não temos uma boa selecção para ganhar este campeonato! E isto não é ser céptico, é realismo!

Agora já na pontinha, a questão da venda das casas da cidade do Kilamba! Mamaué, outra maka mais!

Quem vai comprar as casas ao preço de 125.000,00 USD?


Fazendo contas básicas torna-se evidente que os salários praticados por alguns sectores da função pública, como exemplo o sector da educação, o qual tem sido descriminado em deterimento dos outros tidos como especiais...


Se numa primeira perspectiva se achou o indicador de 60.000, 00 USD para venda das casas, em que indicador os senhores magnificos da Sonachip ou Sonas-casas, fundamentaram as suas pesquisas para negociarem estas casas nestes valores?


Qual é a real finalidade, a quando da construção desta cidade, quem é o público-alvo a qual foi direccionado?


Será que dentro da estrutura do governo, não se observa que desta forma estamos a suicidar-nos socialmente?


E depois de comprar?! Como fica a questão do pagamento do condóminio. E quanto será?!


No entanto, mais uma vez fica evidente que o principal problema que afunda a governação do nosso país, consiste na formulação das estratégias de fórum social público, uma vez que quem tem o poder de as elaborar, vive num país diferente do nosso, dai não ter a capacidade de diagnosticar a nossa dura e profunda realidade...


Cento e Vinte Cinco Mil Dólares Norte Americanos...é muito dinheiro, só mesmo que dorme e gasta a seu bell-prazer, desconhece que tal valor, é miragem para nós, POVO!

Eu também quero uma destas casas, afinal não tenho casa, e o meu nobre emprego faz com que eu não ostente um salário que permite recorrer a um empréstimo tão avultado, para mim!

Sobre as benditas casas do Kilamba, muito ainda havemos de abordar.

Se estamos perante a um cenário de inúmeras realizações que se traduzem em factos e acontecimentos para permitir o acesso as melhores condições de vida para população, não seria também ilusório proceder com realismo quando se sabe que estamos desprovidos de alternativas para abraçar as ditas oportunidades…

Caso contrário podemos concluir que perante aos factos e acontecimentos produzidos ao longo da semana, o desenvolvimento do estado angolano para o tempo presente é sim uma realidade, mas para o futuro nossas realizações não passam de uma utopia!

Afinal, quem dominará o que era suposto ser-mos nós a dominar?

sábado, 13 de agosto de 2011

INTEGRAÇÃO REGIONAL DOS PAÍSES MEMBROS DA SADC UM PIRILAMPO DA POLITICA AFRICANA



Por: Bento José dos Santos

A semana que agora finda congregou no repertório nacional a abertura da reunião dos membros da SADC. A reunião que terá o seu encerramento no próximo dia 18 do mês corrente junta peritos, conselhos de Ministros da SADC e culminará com a cimeira dos chefes de Estado e do Governo dos países da região.

Tenho acompanhado o dossier, e por isso achei oportuno ensaiar as minhas opiniões sobre esta temática, uma vez que na actualidade, este tema domina algumas pautas informativas da região.

As Cimeiras da SADC são realizadas todos os anos e servem para avaliar a implementação dos programas da organização, e analisar questões da actualidade inerentes a estabilidade na região, assim como questões económicas, mais concretamente, a análise do impacto da crise económica e financeira internacional na nossa região.

Por outro lado, pretende-se também com esta reunião, analisar com profundidade questões ligadas a segurança e o processo da integração regional dos estados membros da organização.

No que tange a questão da segurança regional, países como Madagáscar (suspenso na sequência do golpe de Estado, que levou Rajoelina ao poder), República Democrática do Congo (que tem as portas realização das eleições), Zimbabué (onde as forças partidárias nomeadamente o NDC e Zanu PF continuam a negociar no sentido de se alcançar consenso para a nova Constituição, que pode abrir caminho para as eleições), Lesotho (que vive a véspera da realização das eleições), dominaram a agenda de trabalho dos estadistas.

Conforme se pode notar, os assuntos ora enunciados são de natureza complexa, e o grau da sua complexidade se aprofunda com a inserção das políticas internas dos países membros, uma vez que cada um tem a sua realidade diferente da outra.

Ao reflectir a integração regional dos países membros da SADC importa resgatar o programa indicativo de desenvolvimento regional (RISTP), que define algumas metas a ser alcançadas pelos estados membros, nomeadamente, a criação da zona de comércio livre no período 2008 a 2010, a união aduaneira até o ano de 2015, assim como a criação do mercado comum em 2018, e a implementação da moeda única, como estratégia da união monetária.

A avaliação destas metas pode servir de barómetro quanto a posição na assumpção dos compromissos imediatos e futuros para os estados membros.

Ressalvando o facto muito discutido, onde Angola se apresenta como país potencialmente forte para integrar a zona de comércio livre, importa-me defender que o momento ainda não é o melhor, uma vez que o ecossistema comercial interno do nosso país oferece mais garantias de oportunidades para os mercados externos.

A adopção do comércio livre na região por parte de Angola, não pode ser vista apenas no campo político monetário, mas sim deve ser dimensionado na perspectiva social e económica do mercado, uma vez que os agentes intervenientes neste último são os influenciadores directos dos sistemas económicos dos países.

Paradoxalmente, apesar de na actualidade o nosso país continuar a apresentar-se como um mercado simplesmente consumista, não se pode desvirtualizar o volume de investimentos em infra-estruturas realizados pelo estado angolano.

Assim sendo, refuto que o momento para integração de Angola ao sistema de comércio livre na região só seria mais propício com a operacionalidade de algumas infra-estruturas internas, o que a meu ver, poderá transpor para um nível de competitividade interna (em termos de auto-produção) razoável com as economias de grande porte, como a da África do Sul, que se apresenta como uma das principais forças de pressão para que Angola integra a curto prazo este processo.

Por enquanto, o executivo angolano deverá contrabalançar as negociações, pois até lá, acho, que algumas discussões levantadas na cimeira da SADC são Pirilampos da Nossa Politica Africana.

terça-feira, 31 de maio de 2011

REFLECTINDO: O PACOTE LEGISLATIVO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL ANGOLANA




Por: Bento dos Santos.



O desafio está lançado!

Depois do toque, “com o ensaio da proposta Lei das Tecnologias de Informação e Comunicação, para promulgação na Assembleia da República” agitou-se as águas, e a classe daqueles que dão voz, viu a inverter a pirâmide, passando a ser, a sua própria vez de amplificarem as suas vozes…

O acto foi formalizado pela Sra. Ministra Carolina Cerqueira, com a abertura da discussão do pacote legislativo da Comunicação Social iniciado no pretérito dia 26 de Maio de 2011, na província de Cabinda.

Segundo a Ministra, “da mesma forma o estatuto do jornalista define o âmbito da carteira profissional, que regula as condições de emissão, renovação, suspensão e cassação da mesma e dos demais títulos de acreditação dos profissionais de informação dos meios de Comunicação Social.

A Sra. Ministra foi mais além, ao pronunciar-se sobre as tecnologias de informação e comunicação. Durante o discurso de abertura, Carolina Cerqueira realçou que: “Todos os avanços provocados pela tecnologia digital irão permitir no futuro um enorme reforço de capacidade de transmissão criando condições para uma vasta diversificação da oferta televisiva, transformando a radiodifusão num domínio em que sobressai a individualização e a interactividade, modernizando o serviço de televisão”.

Com a promoção deste evento na província de Cabinda, está criado o ambiente que pressupõe instigar a criação de outros: debates, conferências, seminários, entre outros; cujo objectivo circunda a recolha de criticas, opiniões, contribuições que promovam o consenso, para encontrar-se o equilíbrio necessário, para que no futuro se possa ter uma lei que satisfaça os distintos segmentos sociais.

Até ai parece que está tudo bem, obrigado!

A aplicação da forma verbal do verbo “parecer” na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, na última frase do parágrafo anterior, foi propositada, uma vez que sou de opinião que a essência que emanou a discussão da proposta da referida lei, já vem com alguns defeitos de “fabrico”.

Por exemplo, engana-se quem se limita a pensar que a lei de imprensa se restringe a classe jornalística; mergulha ainda mais no engano, quando se pensa comunicação social apenas na vertente jornalística ou publicitária.

A nossa futura, e querida lei, segue o seu caminho, a sua titulação restrita, desenha a dimensão das actividades profissionais da classe. No entanto, como efeito “boomerang”, o ponto fraco dos profissionais da comunicação social (Jornalistas, Publicitários, Assessores de Imprensa, Relações Públicas, Comunicólogos – segundo a hermenêutica da comunicação actual) são os próprios profissionais da classe, que nada fazem, se reservando a comodidade e anseios da modulação dos políticos. É sabido que em cenários como este, dos políticos só se espera receber politicas “ajustadas a sua medida”.

No caso especifico dos Jornalistas, é sabido que o seu principal instrumento de trabalho consiste em narrar ou relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade.

O Jornalista sabe que os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso.

O Jornalista sabe que a distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público. O Jornalista sabe que é sua missão combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais.

O Jornalista está ciente que deve lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar. É obrigação do jornalista divulgar as ofensas a estes direitos.

São tantos os princípios universais do código de ética e deontológico da classe jornalística que apraza-me dizer que não deverá haver muitos constrangimentos na elaboração da lei. Aliás, não é demais dizer…isto apreende-se na carteira!

São sete, os cadernos que compõem o pacote legislativo da Comunicação Social. Pode ter acesso: http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/especiais/cncs/index.html.

Da diversidade das temáticas dissertadas neste pacote, observa-se:

- O projecto Lei do conselho nacional de Comunicação Social;
- O projecto de decreto sobre o estatuto do Jornalista;
- A Lei Geral da Publicidade;
- O regulamento de Publicidade exterior na República de Angola;
- A proposta de regulamentação da lei nº9/02 de 30 de Julho;
- O projecto Lei sobre o exercício da actividade televisiva;
- O projecto Lei da radiodifusão;

A meu entender são temas pertinentes, logo deve-se ter conta. Entretanto, omitem a dimensão actual da Comunicação. A Comunicação actual é muito mais abrangente, não se restringe apenas no campo jornalístico ou publicitário, como se faz crer na nossa praça. A sua conceituação obedece novos paradigmas, os Jornalistas adaptados não devem ser primazia, quando o assunto estiver ligado a Comunicação.

Por exemplo: tenho identificado no pelouro (Ministério da Comunicação Social) um total divórcio com os profissionais especializados no sector. A Comunicação Social Angolana perde muito, uma vez que os especializados na área, andam a mercê dos adaptados (Advogados, Economistas, Juristas, etc.) que muitos viram a actividade jornalística como a sua tábua de salvação…

A actual discussão do pacote legislativo da Comunicação Social pode ser entendida como a palavra “imprensa” cuja definição se aplica a generalidade dos meios de comunicação de massa, ou seja, revista, jornal impresso, rádio, televisão, internet, no trabalho de jornalismo. Actualmente esta deixou de representar, apenas, revistas e jornais escritos, como era até as primeiras décadas do século XX, para ganhar um conceito macro e abranger, também, os meios electrónicos.

Neste âmbito, seria oportuno levar esta discussão mais para além do restrito mundo jornalístico, e para tal, o cenário está criado, resta apenas cada Comunicólogo fazer a sua parte, que tal debruçarmo-nos também sobre o estatuto do profissional de Relações Públicas?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O DINAMISMO TECNOLÓGICO ANGOLANO PERANTE A LEGISLAÇÃO



Por: Bento dos Santos

O actual progresso tecnológico verificado no sector da comunicação social tem obrigado os governos de muitos países a tomarem uma postura contundente, recorrendo ao campo da legislação, como mecanismo político de controlo. Tal facto, visa dar resposta aos complexos problemas que dai derivam com destaque a nova onda de instabilidade política que emerge em alguns estados, resultantes da amplificação e fluidez das informações através de ciclos próprios como caso das actuais “redes sociais”.

No caso específico de Angola o assunto ainda carece de uma animada discussão. Apesar do governo angolano já ensaiar as suas politicas sobre o assunto “através da elaboração unilateral de um denominado: Anteprojecto da Lei das Tecnologias de Informação”, classifico como unilateral porque apesar de estas leis serem formuladas por entendidos em direito, não se conhece o tratamento técnico, por parte da principal classe profissional (Comunicólogos, Jornalistas, Publicitários, etc.) a ser visada pela proposta em causa.

Como a natureza do campo tecnológico desenvolve-se no social, cultural, económico, religioso, científico ou mesmo político, este desenvolvimento tecnológico criou o ambiente propício para a emancipação persuasiva, através de debates online, fóruns, chat, etc., desmistificando códigos que durante décadas estiveram protegidos, chegando até mesmo a derrubar e eleger indirectamente novos governos.

Quase que involuntariamente o “bum” das tecnologias de informação transporta consigo uma nova e poderosa indústria da persuasão.

Não descurando as partes enunciadas, refuto, que tais, formam as reais sociedades democráticas, pois simultaneamente, o poder adquirido pelos media na sociedade contemporânea têm conduzido a uma acrescida protecção dos direitos da personalidade, centrada em bens jurídicos autonomizados como a imagem, a palavra ou a reserva da vida privada e familiar.

Perante os factos, representa um amplo retrocesso se as politicas criadas no sentido de regulamentar as tecnologias de informação foram emanadas da forja filosófica da imposição. Assim como efeito “boomerang” aqueles que (supostos experts do direito) consideram as redes sociais como o “monstro da democracia”, acabam por o fortalecer, uma vez que o foco desta actividade é sempre no âmbito externo. Comunicar é Socializar.

Deste modo, supõe-se que quase todos os ramos do Direito conhecem desenvolvimentos específicos nesta área. No entanto questiona-se a abordagem de matérias tão diversas com características próprias como a Publicidade, Comunicação Institucional, a famosa “Relações Públicas que até ontem era levar a mala do chefe” entre outras, (segundo um spot veiculado a anos na nossa praça), fossem ensaiadas apenas mecanicamente.

Ao ensaiarmos a legislação tecnológica não devemos esquecer um aspecto importante que emana nos regimes democráticos, diz respeito á dicotomia sigilo versus publicidade. Em democracia, a necessidade de que as acções da administração e dos seus órgãos sejam públicos é um princípio fundamental.

A título conclusivo, talvez seria oportuno recorrermos ao “Freedon of information act, de 1974, alterado, em 1978 para Freedon of information reform act, de origem americana, que regula o direito e acesso a informação e disciplina o rito processual do habeas data.

Assim, a dispersão e a complexidade do quadro normativo da Comunicação Social, carece de uma reflexão mais profunda (incluindo a classe) sobre este sector, a quem, quando convêm, se reconhece um papel essencial na formação da opinião pública e um lugar destacado na actividade económica nacional e internacional.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ANGOLA NOVE ANOS DE PAZ…E POR CÁ, ESTA TUDO BEM?


Nove anos, não são nove dias… Estas afirmações não constituem novidade na abordagem dos pacatos cidadãos, no entanto, quando resgatadas para formular um exercício reflectivo sobre um período em que nós nos vimos na condição de autores ou responsáveis pelo desfecho das situações que definem o curso das nossas vidas a sua importância e contextualização já é muito mais abrangente.


Ninguém devia estar isolado desta questão, enquanto cidadão angolano. No entanto falar de paz, resgata falar de política, até porque hoje abordar fenómenos sociais, resgata abordagem política.


Se o processo de governação estivesse restrito a simples acção de imitação das boas práticas e dos bons exemplos entre estados, talvez nem sequer a gestão estaria incorporada no leque das ciências universais. Talvez as nossas políticas não se restringissem na aparência…


Pois é necessário saber as quantas andamos, para podermos avaliar o quanto somos capazes.


Certo dia, um amigo expatriado fez-me duas perguntas. Na primeira ele quis saber se em Angola existem ricos? Segundo ele os ricos têm comportamentos sociais muito similares, e por lá, não se conhece nenhuma acção de filantropia desenvolvida no nosso país pelos nossos ricos…


A segunda questão, foi sobre a pobreza, ele quis saber se a maioria da população Angolana era pobre como na sua terra, ou era desgraçada como a dos países pobres em recursos naturais…


Enfim não o respondi, convidei-lhe para conhecer Angola, talvez nesta altura lhe dê uma resposta mais prática.


É verdade que o período de vivencia de paz trouxe muitos ganhos. Também se reconhece que com a paz inúmeros problemas até então, aparentemente abstractos se emanciparam, exigindo que muitos indivíduos, ontem os melhores, se superassem e se adaptassem ao presente sob a luz do futuro, conforme descrito no perfil empresarial da visão da empresa angolana Mestres & Serviços.


Assim como a passagem económica da idade media para a moderna que originou o surgimento do capitalismo, por cá, não é diferente. O binómio fim da guerra e vigência da paz trouxe consigo inúmeros desafios, razão para dizer, precisamos se adaptar ao presente sob a luz do futuro…


E então por cá, tudo bem?


obvio que é quase impossível estar tudo bem por cá, não só por cá, mas também por lá…


Parece intangível estar tudo bem; Mas não é intangível estar melhor ou bem melhor…


Afinal, graças a paz, temos mais escolas! Ilusória resolução do problema; e então…onde esta a qualidade do ensino, se os professores são postos em último lugar quando o assunto é valorização?


Graças a paz, já podemos viajar por estradas, aliás o país nunca teve tanta morte por acidentes nas estradas, como agora…


Com a paz temos mais hospitais, mais centros médicos…entretanto, ainda prevalece a nuvem da dúvida, se estas instituições prestam mesmo serviços de atendimento a saúde da população?!


Queremos distância delas…pelo menos até serem mesmo hospitais!


Graças a paz temos mais casas, estamos a construir inúmeras residências, novos bairros, novas cidades…


Para quem viver?! O primo Juca, que nem sequer sabe ainda usar a sanita…


E a nossa polícia, graças a paz temos muitos policiais, ou melhor todos policias…por isso a criminalidade intensificou-se de forma mais violenta nos últimos tempos. Mata-se por tudo, por nada, e por mais um copo...


E na formação do homem, graças a paz, temos mais doutores e doutoras, aliás está na moda…e fazem o quê? O materialismo actual os têm obrigado a converterem-se em comerciantes engravatados… Também, sem massa você e o teu canudo e o teu saber, não são nada!


Graças a paz, já sabemos que a luz vai todos os dias mas não partiram os postos de luz. Seria oportuno se a empresa Edel pára-se de gastar dinheiro público com avisos desnecessários da falta de energia…O mais correcto seria a Edel anunciar que no dia tal de y as ruas tais e y terão luz…


Sobre a água, sabemos que temos bwé de rios, mas água na torneira, ainda é como asfalto nas ruas, só para boss; Graças a paz o fino voltou na moda com o negócio das serpentinas. Graças a paz, as miúdas já tiram toda roupa na rua, e argumentam que é dança, uma tal do cabwá…


Graças a paz, já temos os nossos videntes políticos, com novos nomes “especialistas, analistas, mentiritas etc.”.


Graças a paz já não temos comerciantes angolanos, agora deixamos este negócio para os Bari-bari, angolano agora é só politi-empresário…


Graças a paz temos uma super empresa pública, que detém o super conhecimento de todas áreas, e de lá, podemos tirar todas soluções para todos super problemas sociais. Só os de lá é que sabem o que é bumbar, só os de lá é que pensam…


Graças a paz em Angola já não entra carro com mais de três anos, mesmo com zero km é só ter mais de três anos não entra. Assim graças a paz teremos as ruas mais bonitas daqui a mais de três anos.


Nas ruas só vão circular carros de modelos recentes, a desfilarem pelos nossos buracos com mais de três anos… Sim senhora, os nossos madiés pensam ya!


Enfim, graças a paz sabemos as quantas andamos… Andamos num salva-se que poder!

quarta-feira, 23 de março de 2011

A DEMOCRACIA NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL

Por: Bento dos Santos

Achei interessante abraçar o desafio de redigir um ensaio versado a tematica do ambiente organizacional. Uma das motivações para este facto é o caso de (eu) estar a frequentar o curso de mestrado em gestão, na especialidade de empreendedorismos e inovação.


Apesar deste espaço estar mais inclinado a abordagens de temas de índole político e social, o meu subconsciente foi mais forte, e nas minhas incursões introspectivas, auto-persuadi-me a fazê-lo.

Para torna-lo mais conciso e objectivo, hierarquizei este ensaio numa matriz de três questões, nomeadamente: A democracia no contexto organizacional; O quê o ambiente organizacional? Por último, não menos importante, procurei fazer um enquadramento genérico do processo democrático no seio das organizações, numa abordagem puramente académica.

Saliento que a pertinência das questões não foram ainda respondidas directamente em outros momentos, ao menos foi a conclusão que cheguei após inúmeras horas de pesquisa no motor de busca do Google. Obviamente que não classifico este artigo como prenuncio ou fim desta reflexão, mas sim uma continuidade de alguém em algum momento ou lugar...

Ler… Ou não Ler Este Artigo?

Este artigo, amigo leitor, não é meu, é produto da sua inteligência, sendo assim, e porque a valorizas, acho pertinente que a sua inteligência seja validada por si mesmo, pois ainda não somos tão inteligentes para desperdiçar o tempo. Este é um dos factores mais autónomos da natureza, uma vez que nós homens até o momento não conseguimos domina-lo.

Por conseguinte, a democracia é um tema muito actual e o trabalho é um tema quase que omnipresente na vida dos homens e mulheres, por isso classifico o tempo para o trabalho como factor de precisão para o sucesso das acções dos homens e mulheres, logo, o seu valor não é mensurável.

Assim, para aproveitar o tempo, convido-o a embarcar para leitura.

A democracia no contexto organizacional

Para um melhor entendimento é pertinente resgatar o pendor histórico do conceito. A prior, sabemos que a democracia derivou dos modelos de gestão dos regimes de governação política, concretamente em Atenas, na Grécia antiga, conhecendo seu apogeu no século 5 a.C. Tratava-se precisamente de um regime em que o “povo” se manifestava directamente, reunindo-se e votando em assembleias, para tomar as decisões a respeito da vida da sua cidade.
Com desenvolvimento das actividades no seio das instituições formais muitos conceitos ora meramente políticos foram importados para outros ambientes organizacionais. No âmbito da gestão, se conhece inúmeros exemplos de modelos e processos ontem meramente políticos ou militares que se ajustaram ao paradigma organizacional. Por exemplo uma das bases de sustentação destes argumentos é a obra literária “A Arte da Guerra do autor de nacionalidade chinesa SUN TZU”.

Neste livro de treze capítulos podemos elucidar nossa metodologia de formular estratégias reinventando os seus conteúdos, cito, a título de exemplo, o Capitulo 6 Pontos Fortes e Pontos Fracos; “Determine os seus padrões de ataque e de defesa, descubra os seus pontos vulneráveis. Contando o número dos soldados e de cavalos, você pode saber o valor das forças e as insuficiências que ela apresenta.” Reinventando-o notaremos que aborda sobre a concorrência enquanto embargados no mercado competitivo nada mais é do que a aplicação adaptada de se conhecer o concorrente para melhor formular estratégias de sucesso para a organização.

Neste âmbito, a democracia foi importada para as organizações, sejam elas públicas, privadas, filantrópicas etc. No entanto, ao definirmos a democracia no seio das organizações foram delineados alguns macros que ditam a sua diferenciação.

A democracia organizacional não é vigente pela acção da manifestação do voto, apesar de que, poder haver casos desta natureza em algumas ocasiões, no entanto, achou-se conveniente classificar a democracia no seio das organizações através da dimensão e amplitude no que se refere ao espaço que os seus públicos têm a quando da manifestação dos seus ideais profissionais, ou ainda ao debruçar-se sobre um tema de livre dentro do espaço físico da organização, independentemente da sua condição social.

Entretanto, assim como se denota no ambiente politico, também a nível das organizações existem normas para regular o processo democrático organizacional, podemos identificar tais normas em alguns instrumentos de gestão, nomeadamente, a lei geral do trabalho, os regulamentos internos, os códigos de deontologia e ética etc. Razão para afirmar que democracia não é anarquia, ou melhor democracia não é estar autorizado a falar mal do chefe, pois é sempre necessário cruzar os objectivos que envolvem a organização antes mesmo de nos confundirmos que emanamos para um processo democrático.


O quê o ambiente organizacional?

O termo ambiente organizacional ou clima organizacional refere-se especificamente as propriedades motivacionais do ambiente interno de uma organização, ou seja, aos aspectos internos da organização que levam à provocação de diferentes espécies de motivação nos seus participantes. Como já tiverá redigido, o clima organizacional constitui o meio interno de uma organização, a atmosfera psicológica e a característica que existe em cada organização.

O ambiente organizacional pode ser entendido como sendo tudo o que envolve interna ou externamente uma certa organização. Os estruturalistas defendem que o ambiente organizacional é constituído por organizações que formam a sociedade.

Para uma melhor elucidação devemos interagir o conceito de interdependência a quando da abordagem da questão ambiente organizacional, uma vez que toda organização depende da sociedade e de outras organizações para sobreviver. Essa interdependência estará sempre associada aos objectivos da organização, para se compatibilizar com o meio externo.

Assim sendo, o ambiente organizacional estará definido pelos condicionalismos inerentes de forma abstracta as pessoas que formam as organizações, especificamente a sua forma de relacionamento interno, sua posição quanto ao espaço físico e material, no que diz respeito a organização, seu grau de competência etc.
Estes elementos os quais classico como factoriais, formam o ambiente organizacional, também podem ser denominados como partes estruturantes do clima organizacional.

O clima organizacional ou ambiente organizacional é o meio humano dentro do quais as pessoas de uma organização executam seu trabalho, podendo ser num departamento, numa fábrica, ou no interior de uma empresa inteira.


Generalidades do processo democrático no seio das organizações

As generalidades do processo democrático no seio das organizações estão intrinsecamente associadas aos factores determinantes do processo cultural das organizações inerentes ao seu estilo de liderança.

Tais factores abordados de forma genérica suscita ambiguidades, pois pela sua dimensão não se consegue esmiuçar num ensaio a sua amplitude analítica, no entanto, eles podem ser descritos de forma específica como uma combinação de variáveis nomeadamente: físicas, psicológicas, sociais, económicas, grau de instrução e educação de quem lidera.

Assim, o processo democratico no seio das organizações pode ser permanente ou irregular em função da personalidade dos lideres, nas vestes de gestor profissional, sendo que os objectivos da organização devem ser sempre superiores aos seus objectivos pessoais, produzindo elevação da moral interna.

A aparente democracia nas organizações pode definir o seu clima organizacional, sendo que algumas empresas podem ser quentes e dinâmicas; outras são frias e impessoais, outras, ainda podem ser tidas como neutras e apáticas em função da amplitude democratica vigente na organização.

A dificuldade na conceituação da democracia organizacional reside no facto de que o ambiente organizacional ou clima organizacional é percebido de diferentes maneiras pelos diferentes indivíduos. Algumas pessoas são mais sensíveis que outras quanto à percepção do clima corporativo, sendo este muito subjectivo.

A democracia organizacional também depende das condições económicas da empresa, da estrutura organizacional, da cultura organizacional, das oportunidades de participação pessoal, do significado do trabalho, da escolha das equipas, do preparo e treinamento das equipas, do estilo de liderança, da avaliação e remuneração da equipas etc.
Tais factores determinantes do clima organizacional, também denominado como variáveis de entrada do sistema, influenciam a motivação das pessoas, provocando diferentes níveis de satisfação, de produtividade e de estímulos (variáveis dependentes), que produzem o resultado final, em termos de eficiência.

Quanto maior a influência positiva tanto melhor o clima organizacional e mais elevadas a eficiência negativa nas variáveis dependentes ( menor motivação das pessoas, menor estimulação, menor satisfação), menores serão a produtividade, e a eficácia no trabalho.

Porém, boa parte delas depende exclusivamente do gestor (como condições de participação das pessoas, significado dado ao trabalho, estilo de liderança, escolha, preparo, avaliação e remuneração da equipe). E é nesse ponto que o executivo pode actuar activamente.

A titulo conclusivo, refuto que actualmente existe aparente democracia no seio de algumas organizações. Esta democracia aparente no seio das organizações pode ser estruturada com base em quatro postulados de minha nobre autoria, nomeadamente:

1º A participação dos colaboradores em processos inovadores;

2º O espaço para implementação das acções de proactividade dos colaboradores;

3º O metodo de orientação para as pessoas no seio da organização;

4º A transparência na manutenção da estabilidade do posto de trabalho;

sábado, 12 de março de 2011

FORMATAR A OPINIÃO COM SEGURANÇA




Por: Bento dos Santos

“O acidente ocorrido no pretérito dia 04 de Abril do presente ano, na província de Kinguanje, localizada no Norte de África mereceu a distinção no livro de recordes Guiness Boock.



Superando todas genialidades criativas de Hollywood o facto ocorreu quando uma viatura aparentemente normal despistou sobre uma rampa e elevou-se atingindo uma altura de mais de duzentos metros, trespassando o interior de um apartamento localizado no sexto andar de um edifício, vindo a cair sobre um camião trailler que transportava uma tonelada de cocaína.

Foi sem sombra de dúvidas a melhor apreensão do Inspector Chefe Guilliermo Guizalhes; Acresce a este facto a particularidade de não haver nenhuma vítima mortal nem ligeira, e também a casualidade do acontecimento caricato ter sido filmado pelas câmaras do canal televisivo internacional Euro news…”

Os últimos meses têm sido marcados por transformações no sistema político internacional, as quais também têm influenciado as questões domésticas. A separação da Tia Ngumbi e o Tio Makuca deveu-se ao facto da Tia Ngumbi achar que a casa devia ser pintada com as cores verde e vermelho. O Tio Makuca achou arrepiante a ideia por isso ordenou que a casa devia ser pintada com as cores amarela, vermelha e branca.

Este contradição evoluiu em conflito doméstico, e teve inclusive a mediação da comunidade internacional-familiar, o primo Juca Fernandes graduado com duas licenciaturas (uma em Comunicação Social e outra em Relações Internacionais e um Mestrado em Direito) foi solicitado a intervir; Residente nos Estados Unidos da América e na qualidade de funcionário das Nações Unidas era tido na família como a solução para solucionar os conflitos mais complexos…

Entretanto o diferendo entre a Tia Ngumbi e o Tio Makuca não conheceram a resolução esperada, o casal acabou mesmo por separar-se, coitados dos dez filhos do casal que actualmente estão a começar a sofrer com as consequências da separação… E quanto ao primo Juca Fernandes ainda está por se entender, como lhe ocorreu em formular a lúdica ideia de mandar misturar todas as cores que o casal propunha e dai pintar a casa…

Com esta solução internacional-familiar o casal apesar de separado ainda está a pagar uma tremenda multa a administração municipal, e esta agora!

Talvez seria mas oportuno se o primo Juca Fernandes identifica-se a fonte de influência da Tia Ngumbi ou de Tio Makuca, é que a posição firme da Tia Ngumbi devia-se ao facto da vizinha Moloca lhe informar que o Tio Makuca iria lhe por conversa de pintar a casa com cores estranhas para promover a discórdia entre eles (casal) uma vez que o mesmo já pretendia separar-se pois a Tia Ngumbi estava velha e cansada, e tinha aquelas xuxas caídas que nem papel molhado. Segundo a vizinha fofoqueira Moloca o Tio Ngumbi ia separ-se para ficar com a jovem Kilsa moça direita que até trabalha nas relações exteriores, é formada, fala baixo, e é fina até ao se zangar…

Pois como grafava, as transformações internacionais no sistema político tem sido motivo para focarmos nossas atenções a distintas questões, importa-me destacar as questões ligadas a segurança nacional, apesar de ser um tema aparentemente sensível para ser tratado em hasta pública, esta temática deve ocupar lugar de destaque na agenda pessoal de cada um, por mais leigos que sejamos no assunto, uma vez que a segurança é assunto omnipresente para vida de todos seres humanos, e quando se delimita a segurança nacional, no nosso caso em território angolano, é assunto para todos nós angolanos nos interessarmos.

Ademais, os últimos acontecimentos em função da tendência maquiavélica de se convocar uma subversão política, promoveu superficialmente algumas tentativas que alguns países do contexto das sociedades internacionais tentam globalizar uma falsa instabilidade política, social, e militar em Angola.

Aliás leigo é aquele que pensa que no contexto das relações internacionais, os estados interagem sob manto da santidade…Tal facto é mera utopia, uma vez que ao longo da história internacional os factos evidentes demonstram que um estado sempre tende dominar o outro. Muitos o fazem-no nas sombras, na qual homens e mulheres operam, desde sempre no silêncio, com códigos e condutas próprios, sob as mais distintas razões, e recorrendo a técnicas conhecidas por poucos que adentraram nesse hermenêutico plano.

Chamada por alguns por arte negra e também por grande jogo, esta actividade sempre existiu associada as relações de poder, influenciando acontecimentos no interior das nações e afectando as relações internacionais.

Este oficio agora chamado de actividade de inteligência está presente em todos estados. Portugal, Estados Unidos da América, África do Sul, São-tomé e Príncipe, China todos países têm os seus bófias… Há historia é pródiga de lideres que controlavam grandes redes de agentes secretos, fazendo deles instrumentos fundamentais para a arte de governar: César, Papa Pio, Papa João Paulo II, Moisés, Alexandre, Augusto, Washington, Napoleão, Bismarck, Stalin, Kennedy, Mobutu, Nelson Mandela, Samora Machel, Agostinho Neto, Bill Gate, Kruami Kruma, Roberto Carlos, Michael Jackson…Para o bem ou para o mal, esses homens em suas decisões fizeram uso dos serviços secretos e das informações obtidas de maneira nem sempre “honesta”.

Não pretendo aqui promover adversidade ao estrangeirismo, entretanto é preciso estar-mos cientes que os nossos interesses nacionais não agradam a gregos e troianos.

Por exemplo, diante dos cenários massificados pela media internacional, de que em Angola vivia-se um clima de instabilidade agressiva, me questiono sobre a posição de muitos angolanos na diáspora e alguns radicados cá no país. Será que estão conscientes das implicações e dimensão das chamadas ameaças transaccionais?

Será acto responsável promover a instabilidade social em detrimento de inúmeras frustrações consequentes do facto de não conseguir um carro, uma casa, uma vez que achamos de direito por ser um cidadão angolano?!

Assim, tanto no âmbito internacional, quanto no campo doméstico, o tema “Segurança” deverá ser objecto de grande atenção por parte das autoridades estatais e da sociedade civil em geral.

No campo pessoal, importa ressalvar a responsabilidade pessoal de cada um, ao ler-mos certos artigos, noticias, filmes, ou ao ouvir fofocas, estamos a formatar a nossa opinião sobre um determinado tema ou assunto, por isso o melhor mesmo é seleccionar-mos o que devemos ler, ouvir ou memo ver!

Lembram-se da história que abriu este artigo, aquela do carro que entrou no prédio etc. …Pois é mera ficção!

Um abraço a todos e bom final de semana.

domingo, 6 de março de 2011

MANIFESTAÇÃO A NOVA VAGA DO OPORTUNISMO POLITICO



Por: Bento José dos Santos (BS)

Certamente o autor do manifesto que convocou a evasiva convocatória para “Manifestação Popular No Dia Sete De Março” está satisfeitíssimo pela repercussão que tal acto irresponsável alcançou.


No entanto vários cenários foram criados com tal acção, uns mais visíveis e outros nem por isso. Hierarquizando alguns para reflexão, ocorre-me o facto da dimensão das informações das novas tecnologias de informação em Angola.

É bem verdade que o número de usuários das novas tecnologias é extremamente reduzido se tivéssemos que comparar com outros países da nossa querida África Austral, como caso da África do sul, sabemos que nossos números ficam ainda muito longe quanto ao acesso e utilidade.

Entretanto, também é real, que hoje em cada família, existe um ou mais elementos que tem acesso a internet. Evidentemente que o seu posicionamento no seio familiar também ditará a credibilidade para disseminar uma informação a um ou mais elementos do seu ciclo familiar, e assim como o efeito bola de neve, ai, um leva outro, consumando-se a disseminação de certas informações no contexto social.

Outra realidade deve-se ao facto da população “massas” ter maior apetência as informações de cariz sensacionalista…

Um e-mail, com conteúdo irresponsável, com uma estrutura textual e ortográfica amadorista, criou pânico na esfera política e social Angolana!

Para melhor entenderem a dimensão do pânico, vou narrar uma situação conflituosa que derivou fruto deste maldito «» e-mail, as aspas são propositadas, pois se não fosse este e-mail o meu negócio lá cantina estaria a andar a passos de camaleão, no entanto, com a utópica noticia da ameaça de uma sublevação social, entenda-se risco de conflitos armados, meu vizinho Juca Fernandes comprou todos produtos que eu tinha a venda lá na minha cantina, e mais; logo que a minha empregada se apercebeu que a demanda aumentou, ela aumentou os preços de todos produtos numa ordem dos 30%.Vá lá…O curso de Marketing que lhe paguei esta a valer para alguma coisa…

Pois como dizia, na quinta-feira todo o negócio andou! Até o stock da cantina esgotou!
Até ai tudo bem! A maka agora, é que, com a contenção da crise, o meu vizinho Juca Fernandes quer me devolver toda mercadoria que adquiriu….Já virão?! Quer que eu seja compreensível, afinal não haverá guerra, dai não haver razão para ele ter quinze sacos de arroz em casa, vinte sacos de feijão, dez caixas de sardinha (caducada) entre outros produtos.

PS: ele não sabe que as latas de sardinha estão caducadas, pois a minha empregada tratou de apagar todas informações referentes as datas de fabrico entre outros… Com essa genialidade dela estou a pensar em criar um outro negócio, entendem né…

Pois bem, voltando ao foco deste ensaio, primeiramente devo parabenizar os mentores das grandes manobras politicas do MPLA, que demonstraram a grande capacidade politica no que concerne a gestão de crise! Nota dez a visão de inteligência integrada no que concerne a estratégias de contenção de crise.

Entretanto nota zero a oposição que esteve a espreita e mergulhou de cabeça ao falso ambiente de oportunismo político para derrubar o MPLA. Imaturamente, alguns lideres políticos da oposição, nomeadamente da UNITA, PRS, entre outros, associarão os seus intentos perniciosamente na vaga utópica da revolta popular, de que o nada vale agora se não o poder, o que classifico como canibalismo politico!

Ainda sobre estes oportunistas, o ambiente da utópica sublevação de sete de Março, serviu também para clarear que a linhas filosóficas que defendem, é a de que “EM POLITICA VALE TUDO” até sacrificar o povo!

Irresponsavelmente tentaram se apegar num acto cobarde, sem rosto, sem liderança, sem raciocínio e como crianças impingidas tentarão levar os menos esclarecidos a um erro politicamente crasso. Tudo bem, somos povo…Mas também pensamos!

Na política vence quem sabe fazer política.

Aos partidos da oposição e seus simpatizantes deixo um conselho…Façam política! Pois, ainda é tempo para o MPLA governar, afinal foi o MPLA quem venceu as eleições e tem um programa em curso. Este programa será avaliado pelo povo em 2012; não vale a pena os partidos da oposição atirarem-se ao chão!

Quanto ao MPLA, ficou o recado, é preciso formular as estratégias de forma orientada nas verdadeiras preocupações sociais, nomeadamente valorizar os funcionários públicos, proporcionar mais de saúde, luz, água e emprego para a população.

Quanto as manifestações para destituir o MPLA do poder, por enquanto são miopias!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

LIDERANÇA…ESTRATEGIA PARA O FOCO


A busca frenética para o desenvolvimento e consolidação dos negócios tem cegado inúmeros gestores que perdem-se ao confundirem o foco da sua missão como líderes. Se não vejamos: a constituição de uma equipa vencedora é definida pela capacidade do seu líder em seleccionar, agrupar, coordenar e harmonizar as acções que emanam pelos objectivos definidos.


Já a partir do parágrafo anterior procuro identificar a necessidade de uma liderança que se apresenta sob perfil multidisciplinar e volátil para materializar tais pressupostos. São dois percursos distintos, nomeadamente: “TER UMA EQUIPA DE COLABORADORES VENCEDORA E FORMAR UMA EQUIPA DE COLABORADORES VENCEDORA”, ambas situações se resguarda a força de vontade da ambição eufemística do querer e poder…

No primeiro caso a liderança é muitas vezes ofuscada, pois se pressupõe que a nível estrutural a liderança opta por estratégias sólidas de motivação e consequentemente investe na autonomia proactiva de cada técnico surgindo apenas no momento de guindar os resultados.

Neste âmbito, aspectos como a conservação e garantia dos postos de trabalho são previamente estabelecidos como um dos condicionalismos primários, baseia-se também no alto nível de competência dos técnicos.

Quanto ao segundo caso, a princípio também se reserva a um estado psico-natural do homem “a vontade de querer”, …só que invertidamente o grau de exigência das qualidades do líder funciona como factor elementar para determinação do sucesso.

Já no período do recrutamento torna-se clara a necessidade do domínio do processo de gestão de pessoas. Assim sendo, o líder necessita estudar, entender e praticar algumas competências essenciais para o processo de gestão de pessoas.

Para o cumprimento de tal desiderato os líderes devem ser os promotores da harmonia, nunca promoverem a instabilidade e o individualismo, devem observar os seus colaboradores e cuidar para que haja cooperação, com tenacidade e sensatez.

As mudanças devem ser preparadas e executadas desde que se assegure que as competências essenciais existam, por exemplo, alguns funcionários são mais analíticos, outros são generalistas. No ambiente profissional existem funções que requerem perfis específicos, e o mau líder pode não ter percepção para compreender os perfis dos funcionários e as necessidades das funções, podendo o implicar nos resultados.

Líderes que centralizam e se preocupam em controlar todas as rotinas de seus subordinados demonstram incapacidade de formar uma equipa competente, capaz de tocar a rotina de uma área.

Antes de mencionar aos seus colaboradores os pontos fracos, o lider deve salientar os pontos fortes observados, pois estes iram contribuir para que tais pontos se fortaleçam ainda mais. Por outro lado, apontar as falhas ocorridas e as necessidades de melhoria evitará reincidências futuras.

Quando um líder se comunica a abordagem deve ser franca, directa e objectiva, o líder deve definir com exactidão os objectivos e pretensão para sua equipa. A comunicação deve ocorrer sem grandes introduções e rodeios.

Diversos tipos de conflito ocorrem dentro de uma área de trabalho, como por exemplo, problemas entre os membros da equipa ou problemas de um membro da equipa com pessoas de outras áreas. Em situações de conflito, um líder deve procurar antecipar as reacções e entender as emoções, isto favorecerá que o líder se torne disponível para se voltar para os resultados mais importantes.

Uma forma de intervir é efectuar indagações que sirvam para o colaborador controlar suas emoções e assumir comportamentos mais adequados.

Exemplos de questões: Qual a consequência que esse problema pode acarretar? Como podemos evitar situações semelhantes no futuro?

As empresas precisam da prática da democracia, mas sem abrir mão de uma liderança forte e voltada para resultados. Muitas grandes ideias foram consideradas ridículas quando expostas pela primeira vez, recriar o que existe visando eficiência e eficácia, rever processos para cortar o que não agrega valor, buscar sinergias, reduzir custos, são elementos que normalmente estão atrelados às novas ideias, logo, o gestor deve estar comprometido com novas ideias.

Quanto ao perfil do líder acho oportuno destacar alguns elementos, nomeadamente: o carácter, isso demonstra que a verdadeira função do líder esta nos valores correctos.

Segundo Maxwell o carisma deve ser aprendido, simplesmente significa fazer com que as pessoas se sintam bem sobre si mesmo.

Outro elemento é o compromisso, que envolve diversas noções, é o mesmo que consistência, persistência e dedicação para um objectivo. Parte de dentro da pessoa e é medido por suas atitudes. É o meio de alcançar missões ao mesmo tempo que abrindo portas do sucesso.

O foco padroniza-se na concentração.

Em certa ocasião um gerente recebeu uma carta parabolizando-o por um resultado alcançado em uma empresa onde ele havia pedido demissão há três meses - veja até onde chegou a capacidade de reconhecer e destacar méritos do ex gestor desse gerente.

Todo funcionário quer ter o seu mérito destacado. Um gestor que esconde os méritos de seus colaboradores e capitaliza somente para si os resultados estará agindo de forma individualista.

Um gestor que identifica e destaca méritos de forma justa e imparcial, propiciará a sua equipe maior comprometimento, além de que melhorará o clima de trabalho, ali certamente adivinha-se um bom líder…

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ESSENCIALMENTE BONITO


Mandaram-me escrever um poema muito bonito


Que descreve-se a melodia dos pássaros misturada ao som das cigarras

Com baixo das rolas, harmónico ao suspirar do batente das ondas nas rochas


Com toque mágico do titilar das gotas das chuvas, que ao ler, ou ouvir a sua declamação viajássemos na imaginação, transpondo rios, montanhas, florestas, que a alma de quem lê-se encarna-se a criança

Mandaram-me escrever um poema sem ciência, sem politiquices, a ordem foi para escrever um poema muito bonito, que retrata os lugares mais remotos da essência humana, um poema moderno, dos tempos do agora


Fui escrever um poema muito bonito, lá na marginal!Já lá não estava…

Aconselharam-me a inspirar-se no Mussúlo


Fui escrever um poema muito bonito, lá no Mussúlo, sob botes e potes, informaram-me que caviar não é churrasco…escrever já não dá! Agora é material

O vento, a água, o sol, o mar, agora já não vale!


Escrever poema bonito agora é com Ve T…V6, V12, T4, T6… tantos Vs e Ts que descobri que...


Não sei escrever!


Não sei escrever!

Não sei escrever!

O Autor: Bento José dos Santos