Por: Bento José dos Santos
Estudos científicos que tiveram a participação de três instituições europeias desenvolvidos pela Universidade de Oxford da Grã-Bretanha, provaram que o pensamento negativo pode ter consequências nocivas na saúde dos pacientes.
Segundo o referido estudo, publicado pela revista "Science Translational Medicine" não basta que um médico atenda um paciente e prescreva um remédio sem haver um vínculo terapêutico.
A prática quotidiana do pessimismo pode ser identificada em algumas conversas que decorrem em certos locais como por exemplo no interior de um táxi, em ambientes familiares, nos bares e similares e ultimamente nas redes sociais, que tem servido de espaço para debates e muitas conclusões absolutistas sobre temas do interesse público.
Curiosamente, a predominância dos assuntos ligados a política, a economia e ultimamente a segurança pública e a vida privada de pessoas ligadas ao ciclo do poder político, parecem ser os mais interessantes para tramitar na sentença pública de quem se acha na condição de juiz.
Os temas vão para o crivo público nos diversos contextos acima referenciados, e partem do pressuposto que não têm nada de positivo para a população.
A ideia absolutistas de que tudo está mal, parte de quem se revê na condição de vítima da actual conjuntura social que mais parece o fim que tende a sair do mal para o pior.
Entre os intervenientes dos debates, alguns se acham imparciais, e donos da razão. E porque alimentam o seu próprio ego revelando serem pessoas excessivamente críticas, mas que merecem o pedestal da glória porque de forma ilusória são mais espertos, mais inteligentes que todos; afinal, supõem que são eles os iluminados que vêem erros e falhas em tudo e todos.
Na ciência classificamos os pessimistas como sendo as pessoas que interpretam as dificuldades como fracassos e esperam que as situações que vivenciam sempre terão um desfecho negativo e pior.
Reconhecemos que os pessimistas estão na moda!
Quem assiste um programa da televisão, ou escuta a rádio, quem lê o jornal, ou quem faz uma publicação cujo conteúdo é pejorativo para alguém, de preferência alguém com responsabilidade pública, aquele que agiu criticando é recompensado com o título de parecer "ser muito inteligente".
Porém, a ciência prova que normalmente os pessimistas vivem permanentemente sob stress. Não é mera coincidência que em Angola, entre outros factores associados, como por exemplo a má alimentação, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, também destacam-se os factores originários do stress como impulsionadores dos casos que dão origem aos Acidentes Cardiovasculares (AVC) como sendo uma entre as principais causas de morte na população jovem e adulta.
Desta forma os pessimistas que estão na moda acham que, ao descredibilizar o papel das instituições e dos seus agentes, enquanto servidores públicos passam a ser os dignos merecedores do pseudo "galardão" da recompensa para o ego. Mas a surdina não percebe que é mais uma vítima da sociedade do espectáculo, assim designam algumas teorias da Comunicação.
É preciso realçar que as sociedades onde a população é vítima das constantes campanhas para a adesão do pessimismo, geralmente faz com que as pessoas se tornam cépticas ou negativistas o que tem impacto nas distintas áreas da vida social, como por exemplo as pessoas não acreditam nos programas económicos, as pessoas também não acreditam nas instituições de saúde, entre outras consequências, talvez tenham inúmeras razões para tal descrença.
Entretanto, o pessimismo causa consequências negativas e prejudiciais para sociedade.
Compete ao governo, por meio das instituições afins, trabalhar afincadamente para despertar a moral colectiva da sociedade, reduzindo o espaço que o pessimismo tem alcançado na nossa sociedade, por formas, a termos cidadãos mais participativos e incluídos no desenvolvimento do nosso país.
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