_Por: Bento José dos Santos_ *
O vírus que alterou a rotina da vida mundial tem passado várias mensagens para a humanidade.
É evidente que o Covid-19 não fala, e certamente não tem estrutura para escrever, gesticular, desenhar, ou para fazer recurso a um outro método que conhecemos para nos comunicar.
Porém, nós humanos através da nossa capacidade de raciocínio, fazemos recurso ao método e assim passamos a observar, analisar, interpretar e deste modo podemos aprender a extrair lições de vida que podem ter origem de micro-organismos.
As inúmeras informações que circundam em volta da doença que dominou o mundo sem fazer recursos ao material bélico, tem dominado as pautas de todos meios de comunicação social, e consequentemente o Covid-19 tem dominado a opinião pública.
Crianças, jovens, adultos, idosos distintas gerações foram mobilizados involuntariamente pelo Covid-19.
De repente as notícias sobre os assaltos, sobre a emigração, sobre o preço do petróleo, sobre os ataques terroristas, sobre a fome, os clássicos do futebol, os grandes eventos religiosos, as actividades políticas, as formações académicas, os casamentos e os divórcios, enfim... de repente as grandes actividades que dominavam o dia-dia da humanidade passaram a ser assuntos secundários perante a prioridade de acompanhar a epidemia do Covid-19.
Fazendo jus a prática a comunicação social a sua maneira de produzir "estrelas do mundo do espectáculo" com o Covid-19 não fugiu a regra. E assim, algumas instituições e entidades vão ganhando protagonismo, cada uma a sua maneira.
Alguns vão se protagonizando na perspectiva de eliminarem a doença. Outros na tentativa de reduzirem o seu impacto.
Como não podia deixar de ser, as redes sociais, tem sido uma das principais arenas da disputa da primazia da atenção do vasto público que nela navega pela internet.
Porém, talvez por alguma ignorância, muitos entre o vasto público que faz uso das redes sociais, infelizmente ainda não perceberam que o poder de ser ou não influenciado está condicionado ao intelecto individual de quem faz uso das redes sociais.
Todavia, a mensagem que o Covid-19 nos permite interpretar é simples e clara. Com a pandemia instalada, creio que sejamos poucos os que ainda não percebemos que afinal somos todos importantes.
Por exemplo, para aqueles que estando em casa não podem cortar o cabelo; ao verem-se no espelho certamente mais uma vez valorizaram a importância do barbeiro. Tal acontece com as demais necessidades que temos: desde a lavagem do carro, o técnico de frio, a empregada doméstica, o jardineiro, o canalizador, o pedreiro, e tantas outras necessidades que fazem parte das nossas actividades e realizações diária.
Outrossim, apesar de tantas necessidades o Covid-19 não tem sido suficiente para nos fazer perder a nossa vaidade. E mergulhados no egoísmo, mesmo confinados continuamos a disputar os nossos rótulos em forma de títulos.
A saúde que parece não ter preço continua a minguar em forma de perspectivas. Talvez amanhã, talvez depois de amanhã, ainda não sabemos exactamente quando é que os pesquisadores dos laboratórios farmacêuticos vão conseguir nos apresentar a solução definitiva para conter está pandemia que é o Covid-19.
No entanto, enquanto a solução não chega, o conselho, a ordem, a recomendação é: FICA EM CASA!
A pergunta que não se cala, é: até quando?
Portanto, uma das lições que podemos extrair da mensagem do Covid-19 é que somos todos importantes.
Talvez sejamos uns mais importantes que os outros em determinados momentos, mas a realidade factual é que no campo social todos temos utilidade. Assim sendo somos todos importantes.
*Bento José dos Santos* _
*Comunicologo e Escritor_
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