quarta-feira, 20 de agosto de 2008

JÁ NÃO SE ESCREVE POESIA

Já não se escreve poesia

Já não se escreve para sonhos de ontem amor de hoje

Não se deslumbra mais a harmonia

o que vale hoje é truta

É politica dos sábios do engano

Já não se escreve poesia

Dos mares distantes que deixaram de ser carteiros de sonhos

Já não se escreve mais

Já não se escreve poesia

A imensidão do infinito hoje foi desvendada, segredo hoje já é rotina

Utopia hoje já não é ilusão é estratégia

Já não se escreve mais

Rumba luz

Do papo furado

Boémia é caminho directo

Rumba luz

Os pombos agora criaram sindicato exigem subsidio de carteiro

Já não se escreve mais

Oh rosas declamantes!

Rumaram todas para perfume vende mais

Já não se escreve mais

Rumba luz, do papo furado

De ti já não se escreve mais

Amor próximo vendido distante

Já não se escreve mais

Tudo mais agora é globalização

Mas poesia

Já não se escreve mais

Já não se escreve poesia

(Poema original da autoria de Bento dos Santos)SIMILAR É PLAGIO

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