sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

SOMOS “COMUNICÓLOGOS” SIM, DOA A QUEM DOER!

Por: Bento dos Santos
Apesar das resistências retrogradas, não nos vimos presos em antagonismos assépticos, seguimos assim como a água corrente segue o curso da dinâmica da vida. Todavia, apreendemos que as coisas novas, mesmo sendo boas e de grande valor, muitas vezes têm de confrontar-se com as barreiras sociais, isto é, até serem aceites e aprovadas por muitos. E como a sociedade sempre transporta a sua heterogeneidade, a qual a ciência deslumbra certezas, deixamo-nos de conservadorismos e partamos para as realidades, pois a necessidade humana de gerenciar informações por meio da comunicação proporcionou o desenvolvimento de uma ciência social aplicada, no caso a comunicação social.
Uma acepção integra diversos significados e usos que pode ter uma palavra em função do contexto em que se insere. Através do dicionário informal (www.dicio.com.br) podemos encontrar a classificação morfossintática da palavra Comunicólogo como sendo um substantivo, masculino singular, cujo feminino forma a palavra Comunicóloga e em uma das suas definições pode-se interpretar o Comunicólogo como a designação genérica dos formandos superiormente no curso de Comunicação Social, particularmente daqueles com habilitação em jornalismo, cinema, rádio, televisão, relações públicas, publicidade e propaganda, entre outras áreas profissionalizantes do curso superior de Comunicação Social.
O Comunicólogo é um especialista em comunicação de massa. O papel principal do Comunicólogo está ligado à formação da opinião pública. O Comunicólogo presta serviços de utilidade pública, participa da cobertura periódica dos factos e acontecimentos de relevância, com o objetivo de transmiti-los à sociedade, actua na difusão de ideias associadas às instituições do estado ou empresas, actua na relação das empresas e organizações públicas ou privadas com o público, escreve artigos, ensaios, resenhas, monografias, relatórios de pesquisa, etc.
De facto, sabemos que a formação da opinião pública é reconhecidamente um dos atributos dos meios de comunicação social. Todavia, outra temática que também alia-se ao papel das funções dos Comunicólogos é a problemática da tão almejada liberdade de imprensa que é também um dos desafios que os Comunicólogos enfrentam no exercício de suas atividades profissionais que, diariamente, lidam com o difícil trabalho de manter em equilíbrio a relação entre informação e poder, no contexto social.
Portanto, agir com ética e responsabilidade ao transmitir a informação deve ser o objetivo principal dos Comunicólogos.
A ética deontológica é dos principais baluartes do exercício da profissão dos Comunicólogos, a ética profissional será a parte da filosofia da profissão que se dedicará à análise e implementação técnica dos próprios valores e das condutas humanas, indagando sobre seu sentido, sua origem, seus fundamentos e finalidades” para reforçar o verdadeiro papel dos profissionais da comunicação que devem ter o compromisso de promover os interesses da colectividade. E assim reafirmamos somos Comunicólogos sim, estudamos a comunicação com ciência e não nos limitamos em fazer a sociedade ouvir as informações porque temos boa aparência ou uma boa voz…
Neste início de um novo século marcado pela aceleração da evolução tecnológica, o Comunicólogo apresenta-se como um dilema de fórum epistemológico. Mas não nos limitemos ai, pois a denominação do nosso campo de estudo pelo termo “comunicação” que também é usado para designar os próprios meios que dão suporte as actividades técnicas de produção e emissão de informações, sugere um conjunto de actividades e técnicas com recurso a ciência para as implementar no meio social.
O próprio termo “Comunicador” fica limitado ao agente do processo, ao sujeito da acção caracterizado frequentemente como profissional que actua na área. Não se aplica igualmente ao receptor, que é visto como público-alvo, ou objecto da acção que se desenvolve. O Comunicador será aquele que realizará intencionalmente e competentemente o ato comunicativo. E aqui convém incorporar à comunicação o sentido da prâxis, superando a dicotomia entre a prática e a teoria, entre fazer e pensar, ampliando assim o carácter meramente técnico dos seus agentes. Aliás, mais do que agente da comunicação, o Comunicador deve se ver como sujeito que pensa o que faz, que actua de forma critica e autocritica em relação aos fenómenos dos quais faz parte.
No entanto, em função dos factos, ocorre que muitos insistem na separação entre o sujeito cientificamente capaz e o objecto de estudo. E para tal, apoiam-se em razões epistemomológicas que cobram objectividades no fazer investigativo. O método dialético se configura em alternativa a essa tendência. Assim como a confrontação entre a teoria e a prática pode ser realizada com a valorização das suas dimensões da relação do ser humano com a realidade, é necessário reconhecer esta interdependência entre o sujeito e o objecto no campo das ciências da comunicação, e assim sendo a práxis não pode ser vazia de conceito. Quando isto ocorre, o que se tem é um activismo acrítico.
Os Comunicólogos são cientistas que se ocupam do estudo da relação dos meios de comunicação social e a própria sociedade, e regulamentar está profissão é uma necessidade que se impõe desde a própria classe dos Comunicólogos e se estende ao tribunal supremo, no que é, a necessidade do atendimento de formalizar a referida profissão.