A actual busca pelo poder político no contexto das nações é realmente algo extraordinário para análise no campo das ciências humanas. Se por um lado ela chega a revelar o lado mais versátil do ser humano, por outro, ela suscita vários questionamentos sobre a dimensão egocêntrica do homem.
A complexidade do xadrez político (entenda-se jogo das palavras na arena politica) é tão ampla, que por vezes chega a ser mesmo obscura, obrigando o homem a ensaiar uma hermenêutica para ajudar a sua compreensão.
O século XX foi sem dúvida, o século dos grandes acontecimentos e das grandes mudanças políticas, nele destacam-se factos como: a Primeira Grande Guerra, o Comunismo, o Fascismo, o Nacional-socialismo, o 25 de Abril em Portugal, a independência das colónias portuguesas, a independência de Angola em 11 de Novembro de 1975, e mais recentemente, as eleições em Angola do início do século XXI, e já lá vamos para o segundo pleito eleitoral a 31 de Agosto do presente ano.
No entanto, todo este percurso histórico factual tornou evidente que a luta pela conquista do poder político nunca esteve remetida apenas, à informação e divulgação ideológica. É assim que em pleno ambiente político sensível, vamos assistindo a intensificação da propaganda de choque, massificada por alguns partidos que nas vestes dos seus actores procuram mobilizar psicologicamente a população, com mensagens de apelo emocional com natureza agressiva ordenando a subversão social pela falsa alusão da existência da fraude, promovendo subjectivamente estratégica a descredibilização da organização do pleito eleitoral.
Por tal facto, são suscitadas algumas questões de caracter reflectivo:
– Quem realmente ganha com a descredibilização do pleito eleitoral, com a falsa alusão da existência da fraude?
– Que consequências podem advir por parte da população quando se depara com discursos incendiários e de agitação a subversão social?
– Porque que nos últimos tempos alguns líderes políticos procuram ressuscitar os “slogans” incendiários do líder histórico da UNITA Dr. Jonas Savimbi?
– Porque que alguns partidos mantem o permanente apelo a revitalização do tribalismo regional?
– Quais foram os feitos produzidos pelos partidos políticos nos últimos Dez anos cujos resultados se faz sentir na população?
– Que modelos de governação podemos perspectivar por parte de alguns partidos políticos quando analisamos o histórico dos seus modelos, confrontados com a democracia no seio?
– Politicamente que vantagens obtêm com a instalação de um clima de instabilidade?
– Qual é o actual programa de alternância social promovido por estes partidos cujo resultado poderá perspectivar melhoria nas condições sociais da população?
Enfim! No entanto, ainda importa sublinhar que a estratégia de penetração e manipulação a nível intelectual e moral das populações, levado a cabo por alguns partidos na oposição não se centra, apenas, na técnica do descredito do pleito eleitoral, ela é mais intensa, abrangendo a diminuição das realizações sociais alcançadas ao longo dos últimos Dez anos por parte do executivo angolano.
Esta é uma distorção propositada, pois torna-se cada vez mais evidente que muitos deles estão mergulhados em actos de desespero político, por este facto activaram as suas estratégias do vale tudo!
No que diz respeito ao MPLA, este enquanto partido no poder deverá manter a sua enorme capacidade de efectivação da manutenção da Paz, já que foram capazes de mudar a orientação da opinião pública do isolacionismo para o intervencionismo, assim como de manter a coesão interna a nível social e politico.
Noutro prisma, sabemos que não é fácil manter os níveis de desenvolvimento social que vamos alcançando actualmente, mesmo sob efeitos da repercussão dos longos anos de guerra que nos vimos envolvidos.
Também estamos cientes da realidade dos problemas sociais que vivenciamos, que carecem de soluções pontuais. Entretanto a nossa postura enquanto actores sociais tem demostrado na prática adopção do caminho certo, tanto pela critica, assim como na adesão ao trabalho para o desenvolvimento social.
A preocupação do momento prende-se ao facto dos indicadores actuais demonstram que “Na Hora H do Jogo Politico, Muitos Pensam Que Vale Tudo!”. E as vítimas somos todos nós. Já parece um filme…”TODOS CONTRA UM”!