domingo, 7 de setembro de 2008

ELEIÇÕES 2008 EM ANGOLA

CONSTATAÇÃO DE UM ELEITOR

Sou Angolano vivo em Angola, acompanhei e participei no processo eleitoral angolano, não sou na cidade de Luanda onde resido mas também tive a iniciativa de deslocar-me inúmeras vezes ao interior do país pelo que constatei que as eleições em Angola foram realizadas num clima pacífico onde se destacou o protagonismo dos diversos actores políticos. As eleições em Angola foram livres e justas. Passo a ser mais abrangente afirmando que o processo eleitoral no seu todo teve uma avaliação positiva; Sustento esta afirmação com base nos factos a que me foi constatado a partir das campanhas eleitorais para a legislativas, estendendo à presença dos partidos políticos nos meios de comunicação que a meu ver foram puramente individualistas, a constar no modo pelo qual os partidos políticos organizaram a participação de seus candidatos nos programas eleitorais. Estes resgataram junto do eleitorado consequências significativas tanto sobre a sua imagem pública quanto sobre o seu desempenho nas urnas.

A nossa divisão eleitoral foi plurinominal pois o sistema proporcional a que nos submetemos esta associada a esta jurisprudência. Relativamente ao segundo atributo dos sistemas eleitorais que consiste na estrutura do voto que determinou o nosso grau de liberdade democrática (nós eleitores em relação à oferta dos partidos) o nosso voto foi categórico, tendo em conta que nos foi oferecido um cardápio mutuamente exclusivo de alternativas partidárias, dentre as quais cada um de nós escolheu o partido da sua conveniência dentre todos que disputaram as eleições. Este procedimento define inicialmente o quociente eleitoral (QE) que é igual ao somatório de todos os votos válidos dividido pela magnitude do número de eleitores circunscritos.

1º O que determina a quantidade mínima de votos que um partido necessita para obter o direito de eleger algum parlamentar, e funciona como cláusula de exclusão. Assim sendo a fórmula eleitoral a dotada pela CNE (comissão nacional eleitoral) tratou directamente do princípio de representação que permitiu diferenciar, a partir da votação a todos os competidores, os vitoriosos dos derrotados.
Gostaria de enfatizar algumas questões tidas a meu ver como as mais problemáticas neste processo:
1º Porque motivos o eleitor resolve comparecer às urnas no dia da eleição ou, inversamente, resolve ignorar o processo eleitoral?
 
2º O que leva esse mesmo eleitor a decidir votar no candidato/partido A e não no candidato/partido B?

3º Ao correlacionar-mos as fases estruturais que este esteve envolvido o processo eleitoral notamos uma ampla complexidade a que se submetia o seu exercício. Veio a confirmar a tese de Bachelar que afirmou que a “realidade nunca se nos oferece directamente, mas é captada e construída” assim o fizemos mais uma vez com o processo eleitoral que envolveu toda dinâmica social. No entanto a informação divulgada pela CNE sob a prescrição no que corresponderia ao local para o eleitor exercer o seu direito de voto provocou insatisfação, motivou excessivamente a ansiedade tendo em conta que este último (eleitor) localiza-se maioritariamente em contextos de baixa informação, isto é, o imperativo que se sobrepôs ao eleitor em votar em áreas específicas disseminou para negatividade, contrapondo a objectividade do escrutínio. Entretanto tal facto não afectou o eleitorado em seguir as directrizes racionais na selecção do seu partido, esta é uma realidade incontestável!
4º A polémica divulgação (pela CNE) da informação de que o número de boletins atribuídos as assembleias de votos seria limitado em função dos eleitores a esta destinados, espelhou a falta de inteiração no processo de comunicação política de duas vias, onde dois actores nomeadamente CNE e eleitores, deviam previamente dialogar com base em pesquisas que estabelecem um pacto fundamentado em estratégias de intenções, considerando que os eleitores querem que seus desejos, interesses e demandas sejam implementados. Esta anuência indignou a magnitude a que se previa na lisura do processo. Outra constatação menos boa, registou-se no processo de recrutamento e selecção dos recursos humanos, esta foi tardia e não obedeceu os critérios a que se propunha, e mais uma vez foi sub-aproveitada a classe de estudantes universitários, os professores, etc. Isto porque não houve um cronograma de tarefas conciso para este processo que devia ser executado num período de dois meses mínimos de antecedência, ficando por um período de sete dias o refrescamento antes da data do pleito a cinco de Setembro.
5º No que corresponde as horas para formação a CNE em consonância com o governo podia subtrair uma hora da jornada laboral dos membros seleccionados para que estes pudessem se fazer presentes.

Por último houve um erro crasso no que concerne a gestão logística, esteve claramente espelhado na planificação e distribuição do material para a materialização do processo eleitoral.

Quanto a impugnação dos resultados das eleições por parte do partido UNITA vejo-me na necessidade de analisar o conceito da palavra impugnar, que é o acto de contestar ou opor-se a uma ideia ou situação de facto, como é caso dos resultados das eleições. Ora a UNITA ao impugnar os resultados das eleições alegando falta de transparência e abrangência no processo, peca por incoerência entre os seus actos e as palavras; Se não vejamos: A UNITA é parte integrante da CNE logo as deliberações dai emanadas têm também o seu cunho de consentimento, assim sendo as dificuldades e resoluções vividas pela CNE foram também vividas pela UNITA.

A UNITA como partido politico deve antes de mais primar pelo povo, o político que se preza exerce a política para o povo não para sí mesmo e obviamente respeitaria o exercício democrático a que nos propusemos. A acção de votação representa e manifestou a opinião de cada eleitor. Discorrer para diversos lados ou por diferentes partes numa desavergonhada tentativa de busca de pragmatismo internacional, espelhando a falta de nacionalismo é covardia política. Não seria peremptório afirmar que a UNITA debate-se com um discurso que não obedeceu criteriosamente as suas condições de produção, incitando no seu seio o crescimento das condições para a propensão de censura oculta.
No entanto mais uma vez afirmo: As eleições em Angola foram livres e justas.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

AZEDURAS E ASSADURAS NO CARRO POLITICO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

A história das civilizações está ligada à construção de redes, desde a rede romana de estradas, passando pelos portos fenícios no mediterrâneo e pelas redes europeias de canais até às linhas de caminho-de-ferro, aos transportes aéreos, às redes de electricidade, de telefone e de televisão. Todas estas redes proporcionaram ligações, quebraram barreiras, reduziram distâncias físicas e psicológicas e, sobretudo, permitiram o intercâmbio de bens, de serviços e de ideias e lembrou-me o programa de um partido político.

Minha indignação ficou estampada quando ao ler os jornais deparei-me com vários artigos nos quais seus actores procuram espelhar a falta de objectividade comunicacional que se lhes atribui, neste caso o eleitorado aos partidos políticos durante a cobertura do tempo de antena que lhes é devido. Ora, numa sociedade que se quer democrática os meios de comunicação social devem estar disponíveis e acessíveis, sob condição que os mesmos deveram procurar reflectir a natureza pluralista dessa mesma sociedade e não se encontrem dominados por um determinado ponto de vista, nem controlados por certos grupos de interesses «». Contudo, a função dos meios de comunicação social ultrapassa a simples informação relativa a acontecimentos ou temas da nossa sociedade, ou a possibilidade concedida aos cidadãos e aos grupos de interesses de apresentarem os seus argumentos e pontos de vista o quer isto dizer que os meios de comunicação social desempenham também uma função educativa em termos sociais; Assim são amplamente responsáveis pela formação de conceitos (não apenas pela informação), convicções e mesmo da linguagem – quer visual e simbólica, quer verbal – que os cidadãos utilizam para dar sentido ao mundo em que vivem, assim como para interpretá-lo.
 
Por conseguinte, os meios de comunicação social conseguem influenciar o que pensamos sobre nós mesmos e onde julgamos enquadrar-nos (ou não) no mundo em que vivemos. Por outras palavras, os meios de comunicação social têm igualmente uma importância fundamental na formação da nossa identidade cultural (somos um povo pacifico por natureza, isto sustenta a nossa historia).

Logo o momento que se vivência (eleições) caça ao voto, é o melhor se não o mais adequado para sair-mos do anonimato, todos que directa ou indirectamente podem contribuir para que se mantenha coesa e integra a força que se nos une de ser-mos únicos e nós mesmos no exercício de democracia a que nos propusemos. Neste contexto, a televisão (o meio audiovisual dominante) assume uma importância crucial e os partidos e coligações não tem justificação credível ao se porém a sombra com argumentos de falta de pessoal qualificado quando estes últimos (apesar de escassos) já andam a deriva a procura de quem os emprega. Para a grande maioria dos utentes de televisão afirmam que esta é uma das principais fontes de informação, de lazer e de cultura. A televisão não se limita a apresentar factos e imagens do mundo, ela fornece também conceitos e categorias, assim sendo, a televisão contribui para determinar não só aquilo que vemos do mundo, mas também como o vemos, é um veiculo de informação ideal para se materializar os objectivos antes preconizados, o que não fez a maioria das coligações e partidos, o que me leva afirmar que “não realizam a tarefa de casa”.
 
Na política e para os políticos a campanha deve ser permanente não de última hora com artifícios para dominar a falta de compreensão, de proporcionalidade gráfica, a que muitos eleitores estão submetidos involuntariamente. A título de exemplo, o direito à liberdade de expressão tem de ser contrabalançado com outros direitos, tais como o direito à protecção dos menores, a exclusão do tribalismo e a protecção da vida privada que muitos partidos atropelam desesperadamente. A hora definida para emissão dos programas dos partidos políticos será que teve estes aspectos em consideração?!

A qualidade e a diversidade devem constituir a base do serviço público de radiodifusão à informação objectiva da opinião pública, à garantia do pluralismo e à transmissão, democrática e gratuita, de programas recreativos de qualidade é legítimo, os radiodifusores aos quais foi confiada uma missão de serviço público procuram abranger um público alargado, de forma a satisfazer as necessidades de todos os grupos sociais.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

JÁ NÃO SE ESCREVE POESIA

Já não se escreve poesia

Já não se escreve para sonhos de ontem amor de hoje

Não se deslumbra mais a harmonia

o que vale hoje é truta

É politica dos sábios do engano

Já não se escreve poesia

Dos mares distantes que deixaram de ser carteiros de sonhos

Já não se escreve mais

Já não se escreve poesia

A imensidão do infinito hoje foi desvendada, segredo hoje já é rotina

Utopia hoje já não é ilusão é estratégia

Já não se escreve mais

Rumba luz

Do papo furado

Boémia é caminho directo

Rumba luz

Os pombos agora criaram sindicato exigem subsidio de carteiro

Já não se escreve mais

Oh rosas declamantes!

Rumaram todas para perfume vende mais

Já não se escreve mais

Rumba luz, do papo furado

De ti já não se escreve mais

Amor próximo vendido distante

Já não se escreve mais

Tudo mais agora é globalização

Mas poesia

Já não se escreve mais

Já não se escreve poesia

(Poema original da autoria de Bento dos Santos)SIMILAR É PLAGIO

segunda-feira, 30 de junho de 2008

QUANDO FALHAMOS PELA DIMENSÃO DAS PALAVRAS

“ Reflexão baseada na sabedoria de grandes mestres”

Certamente em uma ocasião desta vida intensa, o caro leitor já parou e reflectiu sobre uma determinada situação que envolveu a utilização de palavras não apropriadas a uma determinada vivência; Como se lê num provérbio Chinês há três coisas que nunca voltam atrás: “a flecha lançada, a palavra pronunciada, e a oportunidade perdida” quando assim acontece mergulhamo-nos em análises a nossa própria consciência como se de um livro de moral se trata-se, e nos censuramos por não lhe ter consultado, reflectimos em como o essencial é invisível aos olhos e só se vê bem com o coração; no entanto não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros.

A dimensão das palavras é tida pela sua simplicidade que é também considerada o último degrau da sabedoria, o percalço quando mal dimensionamos as palavras não reside apenas na falta de mérito o facto de termos falhado, mas sim o de termos nos apercebido todas as vezes que falhamos. Quando nos auto questionamos sobre a possibilidade de avaliarmos a dimensão das palavras requer saber até que ponto sabemos sugerir, ai sim… lembramo-nos que esta presente a arte de ensinar. Mas atenção…a dimensão das palavras não podem ser vistas apenas no sentido pejorativo elas são muito mais abrangentes, repara que grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres, o homem medíocre espera tudo dos outros, abstendo-se da humildade que é o sólido fundamento de todas as virtudes, ciente de que ao examinarmos os erros de um homem, conhecemos o seu carácter pois as palavras são a voz do coração em todas as coisas, o sucesso depende de preparação prévia, devemos procurar acima de tudo que as palavras tenham significado e reflictam o nosso pensamento pois quando as palavras perdem o significado as pessoas perdem sua liberdade, lembra-te que só os grandes sábios e os grandes ignorantes são imutáveis, pensa contigo mesmo em como ver o que é injusto e não agir com justiça é a maior das covardias humanas, o mesmo acontece com a dimensão das palavras que como todas as outras coisas na vida podemos perceber que no mundo estão colocadas em categorias, estas são as formas básicas sob as quais a realidade chega até nós, elas são a divisão máxima da realidade e seriam, equivalentemente, os vários tipos de conceitos possíveis, fragmentado no principal veículo do processo de consciencialização; é o pensamento, na dimensão das palavras a prudência é uma virtude, a virtude pondera que as palavras excedam suas acções.

“O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante do idiota que quer bancar o inteligente”

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O QUE É A CONTRA INFORMAÇÃO


A contra informação é a pratica de contenção da informação, isto é o uso de recursos e tácticas que consistem em produzir barreiras para a inversão no processo de divulgação de informações. A contra informação é tida como uma actividade comunicacional negativa perante ao processo democrático pois viola a ética e a deontologia, é uma actividade complexa e sensivel consubstânciada normalmente pelo segredo.Os factores relativos a actividade da conta informação baseam-se em:

• Ánalise da informação
• Ánalise do público alvo
• O uso de uma fonte crédivel
• A manipulação por meio da apelação do interesse emanado
• Tramento da mensagem com recurso a inversão
• O momento e o contexto a manipular
• O discurso persuasivo

A contra informação existe a mais de 2000 anos atrás, como actividade instituicionalizada dos estados, geralmente sob pretexto de garantir a segurança (interna ou externa) esta actividade anula o raciocinio lógico antecipa os objectivos e geralmente massifica a consciência reunindo os comportamentos em grupos, o seu sentido comunicacional é unidireccional, faz recurso a técnicas de comuicação correntes como a a propaganda que pelo seu modo especifico de apresentar uma informação com objectivo de servir uma agenda. Apesar do termo (propaganda) actualmente fazer eco de uma comunicação enganosa, assim não sucedia no passado. A palavra provém do latim moderno, propaganda quer dizer “para ser espalhado”. Reza a historia que em 1622 isto a quando do inicio da guerra dos trinta anos, o Gregorio XV fundou o “congregatio” propaganda fide (“congregação para a propagação da fé”) um comite de cardeais era orientado para supervisionar a propagação do cristianismo pelos missionarios enviados para fazer o trabalho de contra informação nos paises nao cristãos. No entanto o sentido politico actual data da Primeira Guerra Mundial e, originalmente não era pejorativo mesmo que a mensagem traga informação verdadeira geralmente é um recurso estrátegico para o objectivo da contra informação, pois esta mensagem será aparentemente verdadeira não apresentando um quadro completo e balanceando o objecto em questão.
Seu uso primario advém de contextos politico, referindo-se geralmente aos esforços patrocinados por governos e partidos politicos, uma manipulação semelhante de informações que também associa-se na estrutura da contra informação é a conhecida publicamente por publicidade. Num sentido estrito a contra informação possui como recursos variadas técnicas de comunicação, objectivando-se na guerra psicologica para a solidificar a informação deliberadamente falsa ou incompleta que apoia uma causa politica ou interesses daqueles que estão no poder ou os que querem o poder. A contra informação muda o curso normal da informação manipula as pessoas de formas que entendam as situações contrariamente ao que devia ser politicamente correcto entender, origina outras acções e projecta falsas expectativas para a real direcção antes anseada.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O PAPÉL DO CIDADÃO NA FORMAÇÃO DAS SOCIEDADES

Apresentação
Á abordagem politica espelha quase sempre um grau elevado de complexidade; No entanto politicamente, cidadão é o habitante de um Estado livre, com direitos civis e políticos. A palavra é derivada de cidade-Estado, conceito histórico e político, herdado dos gregos pelas civilizações ocidentais. Na Grécia antiga havia várias cidades independentes, constituídas em Estados autônomos, que assim eram chamados por possuírem liberdade da administração pública e política. Cidadão era o habitante dessas cidades. Segundo o dicionário, cidadão é o habitante da cidade. Entretanto, esta definição não esclarece o conceito político da palavra cidadão. Vale ressaltar que não são apenas os direitos políticos que definem o cidadão, mas os direitos civis e sociais: de forma resumida, podería dizer que os direitos de cidadania reúnem os direitos políticos, civis e sociais e que, a concepção de Direitos Humanos que derivou da criação do Direito Internacional dos Direitos Humanos procura fortalecer e estreitar as relações entre direitos individuais e direitos sociais, de modo a afirmar a indivisibilidade de todos os Direitos Humanos. Este é o entendimento universal do que é ser cidadão, apoiado num conjunto de direitos e deveres que definem a cidadania. Durante explanacão deste trabalho acádemico centrei-me no esclarecimento do conceito de grupo e na razão do saber se uma sociedade é um grupo…
“Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo”; Sócrates.
“O papel do individuo na construção das sociedades”
Introdução
Uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. A sociedade é o objeto de estudo das ciências sociais, especialmente da Sociologia. Também se chama de sociedade ou associação o agrupamento de pessoas para a realização de atividades privadas, sendo reservada à primeira expressão à reunião com fins empresariais e a segunda para o conjunto que visa resultados sociais independentemente de benefícios financeiros, consoante artigos 53 e 981 do Código Civil.
Uma sociedade é um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada.
A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma "associação amistosa com outros". Societas é derivado de socius, que significa "companheiro", e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado àquilo que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo comum. Como tal, sociedade é muitas vezes usado como sinônimo para o

colectivo de cidadãos de um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico.
Pessoas de várias nações unidas por tradições, crenças ou valores políticos e culturais comuns, em certas ocasiões também são chamadas de sociedades (por exemplo, Judaico-Cristã, Oriental, Ocidental etc.). Quando usado nesse contexto, o termo age como meio de comparar duas ou mais "sociedades" cujos membros representativos representam visões de mundo alternativas, competidoras e conflitantes.
Também, alguns grupos aplicam o título "sociedade" a eles mesmos, como a "Sociedade Americana de Matemática". Nos Estados Unidos, isto é mais comum no comércio. Neste tema para uma abordagem mais suscinta vale centralizar-se sobre o conceito de grupos pois um grupo é um sistema de relações sociais, de interações recorrentes entre pessoas. Também pode ser definido como uma coleção de várias pessoas que compartilham certas características, interajam uns com os outros, aceitem direitos e obrigações como sócios do grupo e compartilhem uma identidade comum — para haver um grupo social, é preciso que os indivíduos se percebam de alguma forma afiliados ao grupo. Enquanto um agregado incluir várias pessoas somente, um grupo, em Sociologia, exibe coerência em um grau maior. Aspectos que os sócios no grupo podem compartilhar incluem interesses, valores, raízes étnicas ou linguísticas e parentesco. Já a diferença quanto a sociedade não é apenas quantitativa, ou seja, um grande grupo não é necessariamente uma sociedade; a sociedade deve ter aspectos não-essenciais ao grupo, como uma localização espacial, uma cultura auto-suficiente e um mecanismo de reprodução e renovação dos membros.
Deste modo os grupos submete-se as Redes de comunicação: que são canais e modo como as pessoas se relacionam no interior de um grupo; reproduzem os modelos de transmissão de mensagens que se estabelevem entre os membros do grupo; no entanto não se pode generalizar para todas as situações um determinado tipo de rede: a opção depende do tipo de tarefas e da representação que os membros têm dessas tarefas.

Classificação
Grupos primários consistem em grupos pequenos com relações íntimas; famílias, por exemplo. Podem ser caracterizados por contactos diretos ou indiretos, como corresponder-se com um irmão noutro país via e-mail. Eles geralmente mantêm-se durante anos.
Já os grupos secundários, em contraste com grupos primários, são grupos grandes cujas relações são apenas formais e institucionais. Alguns deles podem durar durante anos mas alguns podem desaparecer depois de uma vida curta. Os termos "grupo primário" e

"grupo secundário" foram criados por Charles Horton Cooley. Qual seria então o papel social dos homens na sociedade? Seria possivel esquematizar um padrão para todos homens?!
Uma classe social é um grupo de pessoas que tem status social similar segundo critérios diversos, especialmente o econômico. Diferencia-se da casta social na medida em que ao membro de uma dada casta, normalmente é impossível mudar de status.
Segundo a ótica marxista, em praticamente toda sociedade, seja ela pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o estado, e as classes dominadas por ela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe dominada passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a perpetuação da exploração.
Na Idade Média, por exemplo, a classe dominante era formada pelos senhores feudais, donos das terras através da alicação de compulsão e coerção, e a classe dominada era formada pelos camponeses. Uma classe à parte era a classe dos guerreiros que era composta pelos camponeses e alguns eram senhores feudais, que podia passar para uma classe dominante caso recebesse terras como prêmio de suas conquistas. Dá-se o nome de divisão do trabalho à especialização do trabalho cooperativo em tarefas e papéis específicos e delimitados, com o objetivo de aumentar a eficiência da produção. Historicamente, a emergência de uma divisão do trabalho cada vez mais complexa está associada ao aumento do comércio, ao surgimento do capitalismo e à complexidade dos processos de industrialização. Posteriormente, a divisão do trabalho atingiu o nível de uma prática gerencial de bases científicas com os estudos de tempo e movimento associados ao Taylorismo.
Na história da espécie humana, a primeira divisão do trabalho ocorreu entre homens e mulheres, mas tornou-se ainda mais sofisticada com o advento da agricultura e a surgimento da civilização. Alguns outros animais sociais também exibem uma divisão do trabalho.
A divisão do trabalho é uma característica fundamental das sociedades humanas, devida ao fato de que os seres humanos diferem uns dos outros quanto a suas habilidades inatas ou adquiridas. Em um certo estágio do desenvolvimento de suas comunidades, os indivíduos percebem que podem satisfazer melhor as suas necessidades ao se especializar, ao se associar e ao trocar, em vez de produzir, cada um de maneira autárquica, aquilo que precisa consumir.

À semelhança dos indivíduos em sociedade, as diversas sociedades humanas também se especializam. Modernamente, alguns se dedicam a estudar a chamada divisão internacional do trabalho, ocorrida entre países

Segundo Karl Marx, as classes sociais estão associadas à divisão do trabalho. São grupos coletivistas que desempenham o mesmo papel na divisão do trabalho num determinado modo de produção (asiático, feudal, mercantil, industrial, etc). A abordagem do papél do indíviduo na sociedade exige uma analise a classificacao das classes sociais:
A partir da Idade contemporânea, com o desenvolvimento do sistema capitalista industrial (e mesmo do pós-industrial), normalmente existe a noção de que as classes sociais, em diversos países, podem ser dividas em 3 niveis diferentes dentro dos quais há subniveis. Actualmente, a estratificação das classes sociais segue a convenção baixa, média e alta, sendo que os primeiros designam o estrato da população com pouca capacidade financeira, tipicamente com dificuldades económicas, e o último com grande margem financeira; a classe média é, portanto, o estrato considerado mais comum e mais numeroso que, embora não sofra de dificuldades, não vive propriamente com grande margem financeira, nota-se que nos países de terceiro mundo a classe média é uma minoria e a classe baixa é a maioria da população. Desta interpretação é possível encontrar outras classes.
Classe Alta-Alta: indivíduos que se destacam socio-economicamente, normalmente donos de grandes empresas e oriundos de famílias tradicionalmente ricas ("elite").
Classe Alta indivíduos altamente bem pagos ("novos ricos")
Classe Média-Alta: indivíduos com salários médio-altos (médicos, advogados, arquitetos executivos)
Classe Média: Pessoas ganhando salários razoáveis ou medianos, porém inferioes aos dos membros da sub-classe supra-mencionada (professores, funcionarios bancarios, funcionarios de empresas petroliferas , gerentes de lojas, etc)
Classe Média-Baixa: pessoas que recebem salários mais baixos mas não são trabalhadores braçais. (donos de pequenas lojas, policias, secretárias)
Classe Baixa: trabalhadores braçais (serventes, operários, campesinos), também conhecidos como a "classe trabalhadora"


Miseráveis: pessoas desempregadas ou não que vivem em um estado constante e desesperador de pobreza
De acordo com o marxismo clássico, a propriedade dos meios de produção seria a marca distintiva da classe burguesa, o proletariado era a classe que apenas possuia a sua força de trabalho. A assimetria social entre essas duas classes colocava-as em campos opostos, constituindo a luta de classes, o motor da história segundo Karl Marx. O ponto de vista ou perspectiva na teoria cognitiva, é a escolha de um contexto ou referência (ou o resultado desta escolha) de onde se parte o senso, a categorização, a medição ou a codificação de uma experiência, tipicamente pela comparação com outra. Pode-se posteriormente reconhecer diversos significados de diferença sutil, como o ponto de vista, o Weltanschauung, o paradigma.
A idéia básica que une todos estes significados da palavra perspectiva é o de que a experiência humana é relativizada de acordo com o ponto de vista de onde ela é vivenciada.
Costuma-se chamar uma visão de mundo como a perspectiva com a qual um indivíduo, uma comunidade ou uma sociedade enxergam o mundo e seus problemas em um dado momento da história, reunindo em si uma série de valores culturais e o conhecimento acumulado daquele período histórico em questão.
Desde o nascimento ate a morte, o ser humano está marcado e marca uma sociedade. O indivíduo tenta ser aceite pelos outros, ter um grupo com afinidades e padrões de comportamento comuns, ocupar um lugar na sociedade.

O papel do homem na sociedade: consiste na capacidade do homem em se adaptar ao meio, transformando-o que o distingue dos outros animais (capacidade de integração)
Enquanto os animais são dotados de mecanismos biológicos, o ser humano tem de criar condições para se proteger, ex: roupa
É a fraqueza biológica que o obriga a produzir cultura, logo pode-se concluir que tudo o que é cultural não é natural, porque é criado pelo homem, toda a acção concentrada do homem para transformar a natureza; opõe-se a tudo o que é natural; fenómeno universal que se manifesta em todas as sociedades humanas como forma de responder às necessidades dos seres humanos.
Como não há uniformidade na resposta às necessidades dos homens esta varia no tempo e no espaço, isto é, as diferentes culturas reflectem formas especificas como as comunidades humanas, ao longo do tempo e nos diferentes espaços, organizaram a vida social.
Esta diversidade cultural manifesta-se em diferentes padrões culturais à constituem comportamentos padronizados previstos numa determinada sociedade, o que comemos e quando comemos, hábitos de higiene, etc.

Aculturação à designa o processo complexo de contacto cultural através dos quais a sociedade ou grupo social assimila hábitos e valores culturais de outras sociedades/grupos; supõe o contacto entre civilizações, isto é, uma adaptação global de uma população a uma cultura que não é originalmente sua (colonização; emigração)

Socialização à os indivíduos são integrados numa civilização, numa sociedade e esse processo começa quanto nascemos e termina quando morremos, ou seja, estamos sempre em constante socialização com o meio que nos rodeia. É através da socialização que o sujeito apreende e assimila comportamentos, regras, normas, etc.

Há ainda a socialização primária, que ocorre na infância, onde o sujeito aprende um conjunto de comportamentos socialmente aceites e considerados como indispensáveis à vida em sociedade, e a socialização secundária, que compreende o processo de integração do individuo nas situações sociais especificas que vão ocorrendo ao longo da sua vida (saberes especializados), mudar de profissão, quando se tem um filho, quando se casa, etc.

Os agentes da socialização são a família, agente prioritário da socialização, onde ocorre o processo inicial da integração social; as creches/escolas, pois é nesses espaços que a criança exercita comportamentos e hábitos de trabalho. É na escola que são transmitidos conhecimentos científicos e técnicos, veicula as normas sociais, as noções éticas básicas, os ideais da sociedade e permite o confronto de valores com os dos outros estudantes, de modo a afirmarem-se ainda mais ou a alterarem-se. Outro agente de socialização são os grupos de pares, de pessoas de idades aproximada, que se desenvolvem em relações de solidariedade e de cooperação e se adquirem sentimentos de reciprocidade. Na adolescência esse grupo vai ter um papel fundamental no processo de socialização e de construção de identidade social; os meios de comunicação social surgem como agente de socialização porque, por ex. a televisão, mostra filmes onde as atitudes e comportamentos próprios vão ser imitados e produzidos.

Liderança à processo de exercer influência sobre um indivíduo ou grupo, nos esforços para a realização dos objectivos em determinada situação, sendo o líder o elemento que coordena a actividade colectiva para melhor atingir os objectivos definidos, para afirmar o próprio grupo.

Os estilos de liderança são formas de o líder exercer a sua influência de se relacionar com os outros elementos; diferentes estilos de liderança geram diferentes atitudes no interior dos grupos:
Autoritário – toma decisões sem consultar o grupo; determina as tarefas e o modo como se realizam; geração de conflitos, pois não há espaço para iniciativa pessoal, a produtividade é elevada e a satisfação é fraca ou nula
Permissivo – funciona como elemento do grupo, e só intervém quando solicitado; não há capacidade de auto-organização; fraca produtividade assim como satisfação

Democrático – o grupo participa na discussão da programação do trabalho, na divisão de tarefas, sendo as decisões tomadas colectivamente. Tem uma atitude de co-responsabilidade do objectivo; a produtividade é boa, assim como a satisfação e a criatividade, bom como o desenvolvimento da solidariedade entre os participantes.

Grupo organizado em estrela:

Resolvia mais rapidamente os problemas
O número de mensagens era reduzido
Os erros irrelevantes e satisfação baixa
Rede centralizada, em que cada membro só pode comunicar com o líder, que detém e controla toda a informação.
Para problemas de estrutura simples

Grupo organizado em circulo

Gastavam mais tempo a resolver os problemas
O número de mensagens e erros eram maiores
Mas os participantes apresentavam mais satisfação
Rede descentralizada em que os membros podem comunicar livremente entre si
Para problemas de estrutura mais complexa

Grupo organizado em cadeia:

A mensagem corre riscos de se perder
Comunicação mais lenta
Certos membros do grupo não chegam a comunicar
A pior organização em resolução de problemas

Interacção Grupal

Existe somente entre os seres humanos, pois somente as pessoas nos podem responder com sentimentos e compreensão; varia segundo a dimensão do grupo e o número de interacções. O numero de relações entre os elementos de um grupo aumenta muito mais rapidamente que o numero de indivíduos.
Um comportamento de um elemento afecta o comportamento e a acção dos outros componentes do grupo, e vice-versa.

Influência do Grupo

A vida em grupo implica obediência às normas formais e informais. A sua não-aceitação por um elemento, pode conduzir atitudes de repressão e rejeição. Mesmo face a tarefas claras e inequívocas, os indivíduos tendem a conformar-se com a norma do grupo, isto é,

numa pergunta, se os membros A, B e C dão a mesma resposta incorrecta, mesmo que o elemento D saiba que esta está mal, coopera com o grupo e dá a resposta incorrecta.
Daí podem surgir sentimentos de conformismo, isto é, um comportamento de acordo com as expectativas do grupo; efeitos do grupo face às normas, atitudes e opinião; comporta-se em sintonia comas expectativas do grupo, ou de inconformismo, ou seja quando a pessoa, apesar de reconhecer as expectativas do grupo, age de forma oposta, sendo considerado independente; designa a atitude de não seguir o que está socialmente estabelecido, não correspondendo às expectativas dos outros.

Estatutos e papéis sociais

Papel Social à conjunto de comportamentos que o individuo apresenta como membro de uma sociedade; contributo que cada um de nos dá à sociedade; conjunto de comportamentos que os outros esperam de nós.

Estatuto Social à posição que o individuo ocupa na hierarquia social e que lhe confere determinados direitos:
Indivíduo tem tantos estatutos consoante os grupos a que pertence
Conjunto de comportamentos que o individuo espera por parte dos outros tendo em conta a sua posição num grupo.

O estatuo social pode ser:

Adquirido à aquele que a pessoa possui tendo contribuído para a sua obtenção
Atribuído à aquele que o individuo possui sem ter feito nada para o adquirir

Nos diferentes contextos, a pessoa terá que condicionar o seu comportamento aos modelos sociais, as inter-relações variam. Ex. um médico no hospital, um médico na rua.

Conflitos à cada pessoa desempenha vários papeis, o que pode gerar conflitos:

Inter-papeis: a satisfação das expectativas relativas a um papel implica a incapacidade de responder às expectativas dos outros. Ao optar o conflito desaparece. Ex. Um sujeito pode pertencer a um grupo religioso que interdite os seus membros de usar armas, e ser obrigado por lei a incorporar-se no exército.

Descontinuidade de papeis: quando se ocupa uma posição social e por alguma razão tem que se mudar essa posição (emigração)

Intra papel: quando, por exemplo, o encarregado de uma secção de uma fabrica tem de assegurar o nível de produção e ao mesmo tempo proporcionar condições de apreciação do trabalho (conflito dentro do mesmo papel)


Atitudes à são uma tendência para responder a um objecto, pessoa ou situação, de uma forma positiva ou negativa. A atitude implica disposição mais ou menos constante que orienta o indivíduo a reagir de determinado modo a um objecto, pessoa, grupo social, instituição, coisa, valor…
Manifestam-se através de expressões verbais e não-verbais, opiniões, comportamentos, aquisição de determinados objectos, adesão a um grupo politico, religioso, etc.

Componentes das atitudes:

Numa atitude podemos considerar três componentes: a cognitiva, a afectiva e a comportamental - complementam-se e constituem uma atitude.

Cognitiva à uma atitude inclui um conjunto de crenças sobre um objecto; refere-se à informação que aceitamos sobre uma situação, acontecimento, conceito…

Afectiva à ao possuir uma atitude, a pessoa desenvolve sentimentos positivos e negativos relativamente ao objecto

Comportamental à a atitude implica que a pessoa se comporte de determinado modo; é constituído pelo conjunto de reacções de um sujeito relativamente ao objecto da atitude.
Exemplo: crença de que a sida é fatal (componente cognitiva); é assustador contrair sida (componente afectiva); mudança na prevenção das praticas sexuais (componente comportamental)

Formação e desenvolvimento das atitudes
As atitudes não nascem connosco. São adquiridas no processo de integração do indivíduo na sociedade, isto é, são apreendidas pelo meio social. Durante a infância as atitudes são moldadas pelos pais mas à medida que a criança cresce, a influência diminui. Na adolescência assumem grande importância os pares, pessoas de idade aproximada com que os jovens convivem, a escola, pois durante o convívio, socializa-se com outros indivíduos, e os méis de comunicação social, através de filmes, telenovelas, publicidade e informação. As expressões, e gostos são adaptados através de processo de imitação e de identificação.
Será entre o fim da adolescência e os 30 anos que as atitudes formam a sua forma final, sendo menor a possibilidade de mudança.

Mudanças das Atitudes:

A modificação das atitudes depende de novas informações relativas ao objecto: é mais fácil mudar de atitude relativamente a um objecto sobre o qual se tem um sentimento fraco, sendo mais fácil mudar de atitude relativamente a pessoas que não fazem da experiência própria e imediata do sujeito, ex. experiência traumática possibilita a formação e modificação de atitudes, para melhor ou pior.


Medida das Atitudes:

As escalas das atitudes constituem uma das técnicas utilizadas para medir a qualidade/grau de intensidade e a direcção de atitudes.
Escala de Thurstone (em relação à Igreja)
Escala de Lickert (hereditariedade/aptidões/comportamento)


Estereótipos e Preconceitos

Estereotipo à ideias feitas que resultam de generalizações e/ou de especificações, que se tendem a considerar que todos os membros de um agrupamento social se comportam do mesmo modo ou têm as mesmas características (loiras); tem uma forte componente afectiva, o que implica sempre uma atitude favorável ou desfavorável.
Se os grupos tem uma relação de competição entre si o estereotipo é negativo, se for de cooperação é positivo

Preconceito à é um conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou razoável; é um pré julgamento que conduz os sujeitos a avaliar negativamente (conduzem a discriminações) ou positivamente os objectos, pessoas, grupos sociais.
É uma disposição adquirida cujo objectivo é o estabelecimento de uma diferenciação social; pode também surgir para fornecer uma explicação para uma determinada situação social.
Exemplo: quando aumenta o nível de desemprego nos países europeus mais desenvolvidos, aumentam os preconceitos relativamente às minorias imigrantes.

Conclusão
No consenso existem dois meios comuns. Um é um acordo geral entre os membros de um grupo ou comunidade, o outro é como uma teoria e prática de receber tais acordos. Consenso não é um sistema de votação, mas uma forma que todo o grupo ou comunidade entra na tomada de decisão. O voto consiste em estabelecer um ponto que a maioria concorde, como por exemplo na escolha de uma ou mais pessoas para uma determinada posição de "poder" através de uma eleição onde quem obtiver mais votos vence. Ambos fazem parte do processo construtivo da negociação compartilhando a tomada de decisão com todos (100%) os interessados, porém a decisão por consenso tem a tendência de ser mais construtiva, na qual todas as opiniões são ouvidas, ponderadas, e inclusive as minorias ou partes de menor influência no grupo tem voz para renegociar uma determinada decisão, colocando seus pontos de modo a manter a discussão sobre um determinado assunto até que um consenso se estabeleça. O consenso se refere à liberdade

com que uma pessoa trabalha em uma comunidade ou grupo. A ética do trabalho e a ética da aventura, naturalmente, são opostas. Aventureiros e trabalhadores atribuem valores morais distintos a determinadas atitudes tais como a ânsia por resultados imediatos, estabilidade e a realização de proezas audaciosas. Certamente, estas diferenciações são responsáveis por distintas delineações quanto ao comportamento de sociedades que sejam orientadas ou influenciadas por algum destes princípios de forma dominante. A caracterização das sociedades apolíneas protestantes está associada ao princípio trabalhador numa intensidade muito maior que as sociedades dionisíacas católicas, mais relacionadas ao princípio aventureiro. Expondo parca e sumariamente tais noções a respeito de diferenciações relativas ao protestantismo e ao catolicismo e sobre os princípios de trabalho e aventura como elementos capazes de agir de forma a moldar a dinâmica de uma sociedade e os meios que nela actuam através de valores tais como o trabalho e a produção, somos tentados a concluir que sob o protestantismo se construiu um modelo de sociedade onde se valoriza muito mais o trabalho, ao passo em que nas sociedades católicas o valor dado ao trabalho é de uma intensidade muito menor, aliás, o trabalho chega a ser mesmo desvalorizado.
Bento dos Santos.